Depois de adquirir duas redes sociais, o Instagram e o WhatsApp, a Meta, empresa de Mark Zuckerberg, foi processada pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC). Isso foi em 2020. A acusação era de violação da lei antitruste, que impede a formação de monopólio para proteger a livre concorrência de mercado. Com esse argumento, a Justiça deveria obrigar a empresa a se desfazer das plataformas. Nesta terça-feira, 18, a Meta conseguiu uma grande vitória.
O julgamento durou sete semanas e contou com o depoimento de muitos personagens influentes no mundo digital, inclusive o próprio Zuckerberg, que argumentou sofrer concorrência de outras plataformas como a chinesa Tik Tok, que surgiu em 2016, e YouTube, ferramenta mais antiga, de 2006, por exemplo. O argumento foi acatado pelo juiz federal James Boasberg, que entendeu que a compra não consolidou formação de monopólio. “A Meta não detém nenhum monopólio no mercado relevante”, escreveu. Ainda observou que desde a abertura da ação, o mercado mudou muito principalmente com o advento da Inteligência Artificial.
No ano passado, o Google não teve a mesma sorte, quando foi acusada de infringir a lei antitruste. A empresa foi condenada por pagar empresas como Apple e Samsung para que fosse o serviço de busca padrão em celulares e navegadores, de forma a minar o Safari da Apple e o Firefox da Mozilla. Ao todo, foram pagos 26,3 bilhões de dólares para fabriantes e operadoras de celulares. A empresa ainda foi acusada de usar os dados dos consumidores para melhorar os serviços.