O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançou sua pré-candidatura à Presidência do Brasil no Amcham, a Câmara Americana de Comércio, na zona sul de São Paulo, neste sábado, 16. Ele defendeu bandeiras hoje ligadas ao bolsonarismo, como o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e também da direita, como a redução da máquina pública.
“Vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa, para acabar com os abusos de Alexandre de Moraes, para libertar o Brasil. As próximas eleições vão decidir o nosso futuro e vamos acertar as contas com os três maiores inimigos do país: o lulismo, os parasitas do estado e as facções [criminosas]. Reformar o estado e liquidar privilégios é decisivo para o Brasil avançar”, declarou Zema.
O governador de Minas ainda levantou bandeiras como a saída do Brasil do Brics. “Sai do Brics, Brasil! Vamos libertar o Brasil do comunismo e vamos fazer isso nas urnas”, comentou. Ele também destacou o trabalho que realizou no governo de Minas Gerais, em diversos segmentos. “Queremos apoiar a livre iniciativa. E, se foi possível fazer em Minas, é possível fazer no Brasil”.
O vice-governador de Minas e pré-candidato ao governo estadual, Mateus Simões (Novo), destacou atributos que vê no aliado, afirmando que ele possui o caráter que o país precisa em um governante. “Não acho que será um desafio apresentar apresentar Zema ao Brasil, ele é conhecido por todo o mundo”, comentou. “Ele é, sim, conhecido, o que as pessoas não sabem é que ele será candidato à Presidência no ano que vem”.
Segundo a presidência do Novo, o evento contou com a presença de 1.500 pessoas, das quais grande parte era de militantes do partido. A reunião teve diversas declarações contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao Partido dos Trabalhadores, além de menções religiosas e gritos por anistia aos presos por tentativa de golpe de Estado.
Apesar do grande público, não estiveram presentes no evento outros presidenciáveis, como o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), o do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Nesta semana, os quatro estiveram juntos em dois eventos em São Paulo, e Caiado defendeu a união da direita para 2026. “Esta é uma safra de governadores comprometidos, modernos e honestos, que simbolizam o melhor que a política brasileira pode oferecer”, opinou Caiado sobre seus colegas, mas sem fazer menção a Zema.