O presidente ucraniano Volodymyr Zeleznsky anunciou que se encontrará pessoalmente com o presidente americano Donald Trump na próxima semana. O encontro vai acontecer durante as reuniões da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. “Esperamos sanções se não houver uma reunião entre os líderes ou, por exemplo, nenhum cessar-fogo”, disse Zelensky, segundo o gabinete da presidência ucraniana.
O encontro entre os dois chefes de Estado vai acontecer diante de um momento peculiar e de um impasse nas negociações pela paz. Donald Trump tem feito uma série de críticas públicas ao presidente russo Vladimir Putin e tem dito que está decepcionado com a condução da guerra entre Rússia e Ucrânia. “Ele está matando muitas pessoas, e está perdendo mais pessoas do que matando. Sim, ele me decepcionou”, disse Trump durante visita ao Reino Unido nesta semana.
O presidente americano afirmou que uma queda nos preços do petróleo tipo brent no mercado internacional obrigariam Putin a encerrar o conflito e voltou a condenar os países que fazem negócios com a Rússia. “Se o preço do petróleo cair, Putin não terá outra escolha a não ser acabar com a guerra. Achei que a questão entre Rússia e Ucrânia seria mais fácil de resolver, mas tem sido complexa”, afirmou. O premiê britânico Keir Starmer afirmou ao lado de Trump que não confia em Putin e que é necessário “colocar mais pressão sobre a Rússia”.
Neste sábado, 20, a guerra entre Rússia e Ucrânia voltou a subir de temperatura. O exército russo coordenou um ataque 40 mísseis e 580 drones em território ucraniano em uma ofensiva que matou ao menos 3 pessoas e feriu outras dezenas. A Ucrânia respondeu e, entre drones e mísseis, fez 600 lançamentos à região russa de Samara que vitimaram ao menos 4 pessoas. “Estamos prontos para uma reunião com Putin. Eu falei sobre isso. Tanto bilateral quanto trilateral. Ele não está pronto”, disse Zelensky.
