O presidente chinês, Xi Jinping, não participará da cúpula do Brics na próxima semana, no Rio de Janeiro, marcando sua primeira ausência do encontro das principais economias emergentes, de acordo com informações publicadas pelo jornal South China Morning Post na terça-feira 24.
De acordo com autoridades familiarizadas com o assunto ouvidas pelo Post, Pequim informou ao governo brasileiro que Xi tinha um conflito de agenda. Em vez disso, espera-se que o premiê Li Qiang lidere a delegação da China do encontro das principais economias emergentes, como fez na cúpula do G20 na Índia em 2023.
Os chineses envolvidos nos preparativos, segundo eles, citaram o fato de Xi ter se encontrado com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) duas vezes em menos de um ano – primeiro na cúpula do G20 e na visita de Estado a Brasília em novembro passado, e novamente em maio, durante o fórum China-Celac em Pequim – como motivo para sua ausência.
Pequim ainda não divulgou um motivo oficial para a ausência de Xi.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, disse na quarta-feira: “Sobre a presença da China na cúpula do Brics, divulgaremos informações oportunamente.”
Como chefe de Estado da China, Xi tem comparecido consistentemente a todas as cúpulas do Brics, que reúne os membros originais Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – mas agora tem seis novos participantes: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Além disso, o grupo conta agora com dez “países parceiros”: Vietnã, Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. A categoria foi formalmente introduzida na 16ª cúpula do Brics, realizada em Kazan, Rússia, em outubro de 2024, como parte da estratégia de expansão do bloco.