Três denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelo assassinato da cantora gospel Sara Freitas Mariano começam a ser julgados nesta terça-feira, 25, pelo Tribunal do Júri no Fórum Criminal da cidade de Dias D’Ávila (a 55 quilômetros de Salvador). Entre os acusados está Ederlan Santos Mariano, marido de Sara, que teria sido o mentor do crime.
De acordo com informações da Promotoria, o crime aconteceu em 24 de outubro de 2023, na entrada do povoado Leandrinho, no município de Dias D’Ávila, quando a cantora, que tinha mais de 50 mil seguidores nas redes sociais, foi atraída para uma emboscada e morta a facadas. “Sara Mariano foi assassinada com extrema violência. Ela foi atraída sob falso convite para um evento religioso e executada com 22 golpes de faca, além de ter o corpo ocultado e queimado. As investigações apontaram que os acusados agiram de forma organizada, com divisão de tarefas, motivados por promessa de recompensa financeira e interesses ligados à carreira artística de um dos envolvidos”, disse o MP. O corpo da vítima foi encontrado três dias depois.
Ainda nesta terça-feira, outros dois acusados de participação no crime serão julgados. São eles: Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves. Todos estão presos preventivamente e responderão por crimes de feminicídio executado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa da vítima, de ocultação de cadáver e associação criminosa.
Um outro acusado julgado separadamente foi condenado em abril deste ano. Trata-se de Gideão Duarte de Lima. A pena imposta por participação no crime foi de vinte anos, quatro meses e vinte dias no regime inicial fechado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. Ele foi o responsável por atrair a cantora até um local distante, onde ela foi emboscada e assassinada. Depois do crime, o marido de Sara procurou a polícia para registrar a ocorrência de desaparecimento da mulher, quando teria sido questionado pelas autoridades e confessado o crime.
