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Vídeos mostram Grécia tomada por protestos em greve contra jornada de 13 horas

Mais de oito mil pessoas foram às ruas na Grécia na última quarta-feira, 1, em uma greve geral para protestar contra a nova reforma trabalhista proposta pelo governo, que prevê jornadas de trabalho de até 13 horas diárias. As principais manifestações aconteceram nas maiores cidades do país, Atenas e Tessalônica, contando com a adesão de profissionais da saúde, funcionários públicos e professores e resultando na suspensão de serviços de trens, balsas, ônibus e metrôs.

Para o membro do sindicato dos trabalhadores de construção Panagiotis Gakas, 59, a nova lei, além de não melhorar as condições de trabalho, aumentaria os riscos de que houvesse acidentes. “Os acidentes de trabalho geralmente ocorrem durante horas extras, quando os trabalhadores estão exaustos”, disse Gakas.

Diferentes sindicatos de trabalhadores manifestaram sua concordância com a greve, afirmando que a reforça ‘coloca em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores’, ‘destrói o equilíbrio entre vida profissional e pessoal’ e tenta introduzir a ‘escravidão moderna’.

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“Com essa lei, os trabalhadores não terão mais vida privada. E para quê? Para satisfazer os empregadores e aumentar seus lucros”, disparou o sindicalista Notis Skouras à agência de notícias AFP, sobre as reformas propostas pelo governo conservador do premiê Kryakos Misotakis.

Segundo Misotakis, a medida garantiria “a liberdade de escolha tanto para o empregador quanto para o empregado” ao permitir que funcionários trabalhem até 13 horas por dia em circunstâncias ‘excepcionais’ para um mesmo empregador por um pagamento extra. A extensão da jornada de trabalho só poderia acontecer em, no máximo, 37 dias por ano.

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O projeto de lei ainda não foi submetido ao parlamento, mas já sofre forte oposição pública. Além da possibilidade de estender o expediente, a proposta do governo prevê a distribuição flexível de férias, a possibilidade de contratação de funcionários via aplicativo, e a permissão para que os empregadores possam exigir de seus empregados horas extras adicionais em situações emergenciais.

Atualmente, a legislação grega permite que os trabalhadores atuem em jornadas de até 13 horas, mas somente no caso de terem dois empregos – o que é o caso de muitos trabalhadores, já que o salário mínimo do país, definido em 880 euros mensais, é considerado baixo para o alto custo de vida. Além disso, os gregos trabalham 39 horas por semana, uma taxa maior do que a média da União Europeia, fixada em 35 horas.

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