Vídeos publicados nas redes sociais mostram uma embarcação da marinha da China colidindo com um navio de sua própria guarda costeira nesta segunda-feira, 11. O choque entre os barcos teria ocorrido enquanto marinheiros chineses perseguiam uma embarcação da Guarda Costeira das Filipinas (PCG). Ainda não há informações sobre possíveis feridos.
Here is a longer video capturing the collision between the PLA Navy 164 and the China Coast Guard 3104. The Philippine Coast Guard (PCG) has consistently urged the Chinese government to respect the COLREGS and to approach these matters with professionalism, especially considering… https://t.co/n7vcU4lGWq pic.twitter.com/cHU7rG2wAj
— Jay Tarriela (@jaytaryela) August 11, 2025
As imagens foram divulgadas no X (ex-Twitter) pelo porta-voz da PCG, Jay Tarriela, e mostram o desenrolar do incidente, que aconteceu nas redondezas do atol de Scarborough — região disputada pelos governos da China e das Filipinas — enquanto a guarda oferecia o que chama de “proteção” aos pescadores locais. De acordo com Tarriela, tudo começou quando o navio 3104 da Guarda Costeira da China (CCG) passou a perseguir a embarcação filipina BRP Suluan.
PCG Implements Kadiwa Operation in Bajo de Masinloc and Offers Assistance to CCG Following Maritime Incident
In response to the presence of around 35 Filipino fishing vessels in Bajo de Masinloc, the Philippine Coast Guard (PCG) deployed the BRP Teresa Magbanua and BRP Suluan,… pic.twitter.com/5Hqkye1zli
— Jay Tarriela (@jaytaryela) August 11, 2025
“O CCG 3104, que perseguia o BRP Suluan em alta velocidade, realizou uma manobra arriscada a partir do lado estibordo do navio PCG, levando ao impacto com o navio de guerra da Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLA). Isso resultou em danos substanciais ao castelo de proa do navio CCG, tornando-o inavegável”, disse o porta-voz.
Segundo a agência de notícias estatal filipina PNA, a guarda costeira das Filipinas ofereceu suporte ao navio danificado, incluindo assistência médica e ajuda para recuperação dos marinheiros lançados ao mar. No entanto, a tripulação chinesa não respondeu à oferta.
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O Atol de Scarborough, localizado ao oeste das Filipinas, tornou-se símbolo do impasse entre as duas nações desde que a China tomou o controle da área em 2012. Segundo o presidente filipino, Ferdinand Marcos, os navios de seu país manterão presença no local para defender e exercer seus direitos soberanos sobre o que considera parte de seu território.
A colisão desta segunda é mais um capítulo nos confrontos entre Pequim e Manila no Mar da China Meridional, região reivindicada quase completamente pelos chineses, mas sem reconhecimento da comunidade internacional. A área é peça chave para o comércio global, por onde passam 60% das embarcações comerciais marítimas.