Pela primeira vez em seis séculos, o vulcão Krasheninnikov entrou em erupção na Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia. Imagens aéreas divulgadas nas redes sociais mostram uma coluna de cinzas vulcânicas se elevando a 6 mil metros de altura. O evento foi registrado na manhã do domingo 3, segundo o Serviço de Proteção Ambiental da Reserva Natural de Kronotsky, onde o vulcão está localizado.
A erupção foi registrada por guias da empresa Snow Valley, que retornavam de uma expedição ao Klyuchevskaya Sopka — o pico mais alto da Eurásia, também em atividade desde a última quarta-feira 30. Segundo especialistas, ambos os episódios podem ter sido desencadeados pelo terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a região no mesmo dia, um dos mais fortes já registrados na região.
Com 1.856 metros de altitude, o Krasheninnikov está situado em uma área desabitada da reserva natural. Pesquisadores que trabalhavam na região foram evacuados em segurança. Não há registro de feridos ou danos em áreas povoadas. O risco de incêndio também é considerado baixo, já que o entorno é formado por campos de lava e solo árido.
Por precaução, as autoridades russas emitiram alerta laranja para o tráfego aéreo — que indica potencial perigo devido à presença de cinzas em rotas de aviação. Um novo jato menor foi observado na segunda-feira 4, com altura de até 4 mil metros.
A Península de Kamchatka é uma das zonas geológicas mais ativas do mundo, com cerca de 300 vulcões, dos quais 29 permanecem ativos. Para Vsevolod Yakovlev, diretor interino da reserva, o fenômeno, embora raro, “não é exatamente extraordinário para uma região com esse nível de atividade sísmica”.
