Dois palestinos armados abriram fogo contra um ponto de ônibus nos arredores de Jerusalém nesta segunda-feira, 8, e deixaram ao menos seis mortos e 11 feridos, dos quais seis estão em estado grave. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, afirmou que os dois homens eram da Cisjordânia e que o ataque revela o “perigo de (criar) um Estado terrorista palestino”. Em mensagem à comunidade internacional, ele também disse que é “hora de levantar uma voz clara e resoluta” contra o estabelecimento do Estado da Palestina.
“Rejeitamos completamente as atuais tentativas de forçar Israel a aceitar um Estado terrorista palestino no coração do nosso pequeno país. Os terroristas de hoje vieram dos territórios da Autoridade Palestina. O estabelecimento de tal Estado terrorista teria um objetivo: a destruição do Estado de Israel”, alegou Sa’ar ao lado seu homólogo húngaro, Péter Szijjártó.
“É preciso deixar claro: a Autoridade Palestina nunca rompeu seus laços com o terrorismo”, acrescentou. “Ela recompensa e incentiva o terrorismo por meio de sua política de pagar terroristas e suas famílias com base na gravidade do ataque. Ela continua a incitar contra Israel – em escolas, livros didáticos, mesquitas e na mídia. Com base em suas ações, a Autoridade Palestina não é digna de um Estado.”
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Ataque ‘terrorista’
Imagens mostram pessoas fugindo de perto de um ônibus parado no acostamento em Ramot Junction. O veículo teve o para-brisa e as janelas perfurados. A polícia israelense conseguiu recuperar armas, munições e uma faca usadas pelos agressores no ataque. Entre as vítimas, segundo o serviço de ambulâncias, estão um homem de 50 anos, uma mulher na faixa dos 50 e três homens com cerca de 30. Mais tarde, Sa’ar informou que uma sexta pessoa morreu, mas não deu detalhes.
Around 10:10 a.m. today, at Jerusalem’s Ramot Junction, two terrorists from Arab villages in the Binyamin area, carried out a terrorist attack.
They were armed with a carlo-style improvised submachine gun and a handgun. They boarded an overcrowded bus and opened fire on… pic.twitter.com/U4liFsfs3b
— Pádraig הלנה
(@PCJMcElligott) September 8, 2025
O Exército de Israel destacou soldados para a área com o objetivo de impulsionar as buscas pelos suspeitos, enquanto soldados operam em Ramallah, na Cisjordânia, para conduzir interrogatórios e “combater o terrorismo”. Após o tiroteio, a grupo palestino radical Hamas, assim como a Jihad Islâmica, elogiou a ação dos dois “combatentes da resistência”. Nenhum dos grupos reivindicou o ataque.
Não é a primeira vez, contudo, que palestinos conduzem ataques em Israel. Em outubro de 2024, dois palestinos mataram sete pessoas em Tel Aviv, capital de Israel, a base de tiros e facadas. Antes disso, em novembro de 2023, dois homens mataram três pessoas em um ponto de ônibus em Jerusalém. Segundo os serviços de segurança israelenses, esses últimos estavam envolvidos com o Hamas.