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Vídeo: os políticos que interromperam discurso de Trump em Israel com protesto pró-Palestina

Dois legisladores foram expulsos do Knesset, o parlamento de Israel, por interromperem o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no plenário com protestos em que pediram o reconhecimento da Palestina. O episódio aconteceu nesta segunda-feira, 13.

Identificados pelo jornal local The Jerusalém Post como Aymen Odeh e Ofer Cassif, os parlamentares pertencem à coalizão de esquerda Hadash-Ta’al, formada pelos partidos Frente Democrática de Paz e Igualdade e Movimento Árabe para a Renovação. A dupla teria erguido cartazes com os dizeres “reconheçam a Palestina”, em inglês, momentos antes de serem expulsos do parlamento.

A retirada dos legisladores aconteceu enquanto Trump enaltecia o trabalho feito por seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, na mediação das negociações entre Israel e Hamas para chegar a um acordo de paz. O republicano reagiu à rápida remoção dos parlamentares do plenário: “Isso foi muito eficiente”, elogiou.

Em uma publicação no X (ex-Twitter), Odeh, que lidera o Hadash-Ta’al, afirmou que foi expulso por levantar “a exigência mais simples”: o reconhecimento de um Estado palestino.

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O político árabe-israelense já havia manifestado sua insatisfação horas antes do discurso de Trump, quando declarou que “o nível de hipocrisia no Knesset é insuportável” e que “somente o fim da ocupação” e o reconhecimento do Estado da Palestina trarão “justiça, paz e segurança para todos”.
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Cassif também se pronunciou sobre o assunto, dizendo que o posicionamento não era uma interferência, mas uma forma de “exigir justiça”.

Uma demanda antiga da população palestina, a “possibilidade” de se reconhecer um país para esse povo está prevista no plano de paz proposto por Donald Trump. No entanto, há forte rejeição por parte do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que, embora tenha validado a proposta, afirmou recentemente que “nunca haverá um Estado da Palestina”.

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+ Entenda os principais pontos do plano de paz de Trump para Gaza

Embora tenha liderado a proposta, Trump não reconheceu a nação palestina, algo já feito por 151 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas — com destaque para a validação recente de França e Reino Unido, aliados históricos de Israel. A medida é vista como um passo em direção à solução dos dois Estados, tida pela maioria dos especialistas como a única possível para emplacar a paz no Oriente Médio, mas que ainda encontra uma miríade de obstáculos à frente.

O protesto durante o discurso do presidente americano aconteceu em um momento de celebração em Israel. A nação comemora o retorno dos últimos vinte reféns vivos que haviam sido mantidos em cativeiro pelo Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023. A etapa é considerada um marco para que o acordo de paz na região tenha sucesso, mas ainda há diversas questões não resolvidas. Trump segue viagem agora para o Egito, onde participará de uma cúpula com mais de duas dezenas de líderes mundiais para discutir as próximas etapas para a paz em Gaza.

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