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VÍDEO: Maduro comemora Natal adiantado com fogos de artifício em centro de tortura

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, iniciou antecipadamente as festividades de Natal com queima de fogos de artifício no Helicoide, o principal centro de detenção e tortura do país. A celebração aconteceu na noite desta quarta-feira, 1, iluminando o prédio que abriga dezenas de presos políticos e detentos comuns no início oficial da temporada natalina.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o edifício sendo iluminado pelo espetáculo pirotécnico. A prisão é alvo de denúncias de organizações internacionais por práticas de tortura, como posições físicas forçadas, asfixia com sacos plásticos ou água e até choques elétricos em genitais.

Um relatório da Missão Internacional Independente de Determinação de Fatos da ONU afirma que há registros de violência sexual, detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados e mortes sob custódia estatal, o que configura uma política sistemática de repressão política. Entre as vítimas, estão opositores, ativistas, jornalistas, ativistas de direitos humanos, crianças, adolescentes e estrangeiros.

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A Missão responsabiliza diretamente o regime chavista e suas forças de segurança pela perpetuação de um plano sistemático de controle político e de violação de direitos humanos. Segundo o documento, a impunidade é estrutural, e vítimas enfrentam enormes obstáculos para acessar a justiça quando liberadas.

+ Maduro antecipa Natal na Venezuela pelo segundo ano consecutivo

Natal fora de época

Esse é o segundo ano consecutivo em que o ditador antecipa os festejos, que irão acontecer em meio à tensão crescente com os Estados Unidos. De acordo com Maduro, a medida é positiva para a economia e a “felicidade” dos venezuelanos, e acompanha a distribuição de ajuda e cestas básicas para a população.

“Vamos aplicar a fórmula de outros anos, que tem corrido muito bem para nós, para a economia, para a cultura, para a alegria, a felicidade, e vamos decretar a partir de 1º de outubro, (que) o Natal comece na Venezuela novamente”, disse o líder chavista em transmissão.

Em 2024, muitos especialistas apontaram que a decisão foi uma tentativa de desviar a atenção das polêmicas em torno das eleições presidenciais, com acusações de fraudes e perseguição a opositores. Na época, a decisão foi anunciada horas após Caracas emitir um mandado de prisão contra o candidato da oposição Edmundo González por crimes relacionados ao terrorismo.

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