Imagens divulgadas nesta segunda-feira, 20, mostram parte da ação dos ladrões que roubaram peças do acervo do Museu do Louvre, em Paris. Os criminosos estavam disfarçados de funcionários e, em plena luz do dia, invadiram a galeria de Apolo e forçaram vitrines que guardavam os objetos históricos. O Louvre, que tinha expectativa de reabrir nesta segunda, permaneceu fechado.
A gravação mostra uma pessoa trajada com colete amarelo, de costas, próxima a uma das vitrines, fazendo movimentos para acessar as peças. Não é possível identificar os objetos utilizados na ação.
O roubo, que durou menos de dez minutos, ocorreu às 9h30 locais (4h30 em Brasília) de domingo, 19, meia hora depois da abertura, e chocou turistas que precisaram deixar o local às pressas. Visitantes publicaram nas redes sociais vídeos mostrando a confusão gerada pelo fechamento do prédio.
Segundo o governo francês, quatro assaltantes invadiram o Louvre usando um guindaste para quebrar uma janela do andar superior, coletaram as joias e fugiram em motocicletas. O episódio, que vários jornais chamaram de “roubo do século”, ganhou manchetes em todo o mundo.
O acervo roubado incluía peças da imperatriz Maria Luísa, esposa de Napoleão Bonaparte, além de joias de Hortênsia, rainha da Holanda, e Maria Amélia, última rainha da França. Foram levados um colar, um par de brincos, um conjunto de colar e brincos e um broche, descritos pelo Ministério do Interior francês como “de valor inestimável”. A coroa da imperatriz Eugênia, com esmeraldas e 1.300 diamantes, foi recuperada danificada nas imediações do museu.
O ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, admitiu falha estatal e classificou o episódio como uma humilhação nacional, garantindo que os responsáveis serão capturados. O prefeito do centro de Paris comparou o crime à ficção, evocando o famoso ladrão Arsène Lupin.
O Louvre, museu mais visitado da França, recebe cerca de 9 milhões de visitantes por ano. Este roubo ocorre após outros dois assaltos recentes a museus franceses: pepitas de ouro foram levadas do Museu Nacional de História Natural de Paris, e porcelanas chinesas estimadas em milhões de euros desapareceram de um museu em Limoges.