Um grande incêndio florestal que se alastra pela Grécia nesta sexta-feira, 8, deixou ao menos uma pessoa morta. O país enfrenta um verão quente e seco, impulsionado pelo aquecimento global. Há regiões ao redor de Atenas, capital do país, que registram poucas chuvas há meses. No momento, ventos fortes, alguns a 80 km/h, dificultam o controle das chamas ao impedir que a água atinja o local planejado.
“Se o vento não diminuir, teremos grandes problemas”, disse o vice-prefeito de Ancient Olympia, Georgios Linardos, à emissora estatal ERT.
Gale force winds and arsonists are setting fires, in various areas of Greece
1 dead.
Credit: Meto Hellas pic.twitter.com/rLsDViyUPm— Rita Otis
(@rita_otis) August 8, 2025
A pequena cidade de Keratea, é atingida por chamas fora de controle. Por lá, bombeiros encontraram o corpo de um idoso em uma estrutura queimada, informou o porta-voz do Corpo de Bombeiros Grego, Vassilis Vathrakogiannis. Em paralelo, incêndios queimaram olivais e florestas na região de Antiga Olímpia, enquanto a ilha turística Cefalônia também tenta aplacar o fogo.
O vento não tem sido um problema apenas para apagar o fogo, como também para o transporte marinho. As rajadas geraram atrasos na partida de balsas em portos próximos a Atenas. Na ilha de Milos, dois turistas vietnamitas se afogaram no mar por causa do tempo instável.
Afternoon Update: New Wildfire Erupts in Kefalonia, Greece
Good afternoon everyone,
As one of the largest wildfires in France finally comes under control after devastating vast areas, a new and urgent fire emergency is unfolding far to the southeast, on the beautiful… pic.twitter.com/2E18EAjwE4
— Kernow Weather Team (@KWTWeather) August 8, 2025
No início de julho, um incêndio florestal que consumiu a ilha de Creta, na Grécia, forçando mais de 1.000 pessoas a deixarem suas casas em meio a alertas de retirada emitidos pelas autoridades locais. fogo. Cerca de 230 bombeiros, juntamente com 46 veículos e helicópteros, foram mobilizados para conter o incêndio em Creta, que eclodiu um dia antes perto da cidade de Ierápetra, na costa sudeste da maior ilha grega.
A Grécia e outros países do Mediterrâneo se encontram numa área que os cientistas chamam de “foco de incêndios florestais” — onde o fogo é comum durante verões quentes e secos. Segundo especialistas, o fenômeno se tornou mais frequente e intenso nos últimos anos devido a galopantes mudanças climáticas.
+ Vídeo: França luta, mas falha em controlar maior incêndio florestal em sete décadas
França em brasas
A Grécia não é o único país a lidar com incêndios florestais. Na quinta-feira, 8, o fogo que assola o sul da França já havia queimado 16 mil hectares, o que corresponde a 22 campos de futebol nas métricas da FIFA. Trata-se do maior incêndio florestal no país em mais de sete décadas. Mais 2 mil bombeiros atuam na região para tentar controlar as chamas, que não dão sinais de apaziguamento. Ao menos 13 pessoas ficaram feridas e duas estão em estado grave, incluindo um bombeiro.
As chamas, que não estão distantes da fronteira com a Espanha, também foram impulsionadas por ventos fortes e pela vegetação esturricada. A ministra do Meio Ambiente francesa, Agnes Pannier-Runacher, disse à rádio France Info que o fogo é “consequência das mudanças climáticas e da seca” que assola a área.
A situação pode ser agravada nos próximos dias, já que uma nova onda de calor atingirá a França nesta sexta-feira, 8, com previsão de se estender por vários dias — no final de julho, o Mediterrâneo enfrentou uma onda de calor extremo, levando a um verão mais quente e seco, sendo responsável por incêndios colossais na Turquia.