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Vídeo: EUA lançam vigésimo ataque a barcos no Caribe e Pacífico; seis morrem

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta segunda-feira, 10, um novo ataque a supostos barcos de narcotráfico no Pacífico. Os bombardeios, realizados na véspera, elevam para 20 o número de navios alvejados pelas forças americanas no Caribe e Pacífico, com 76 mortos no total. No X, antigo Twitter, Hegseth afirmou que a Inteligência dos EUA tinha conhecimento de que “essas embarcações estavam associadas ao contrabando de narcóticos” e pertenciam a Organizações Terroristas Designadas.

“Ontem, sob ordens do Presidente Trump, dois ataques letais com munição real foram realizados contra duas embarcações operadas por Organizações Terroristas Designadas. Nossos serviços de inteligência sabiam que essas embarcações estavam associadas ao contrabando de narcóticos, transportavam drogas e transitavam por uma rota conhecida de narcotráfico no Pacífico Leste”, escreveu o secretário.

“Ambos os ataques foram realizados em águas internacionais e havia três narcoterroristas do sexo masculino a bordo de cada embarcação. Todos os seis foram mortos. Nenhum militar americano ficou ferido. Sob a liderança do Presidente Trump, estamos protegendo a pátria e eliminando esses terroristas de cartéis que desejam prejudicar nosso país e seu povo”, concluiu.

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A declaração ocorre em meio à crescente mobilização militar americana na América Latina e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU). Até o momento, as forças americanas atacaram ao menos 18 embarcações no Caribe e no Pacífico — entre elas, 17 barcos e um “narco-submarino” — sob alegações de que transportavam drogas para os Estados Unidos ou que representavam uma ameaça ao país.

Dados das Nações Unidas enfraquecem o discurso do governo do presidente Donald Trump. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 indica que o fentanil — principal responsável pelas overdoses nos EUA — tem origem no México, e não na Venezuela, que praticamente não participa da produção ou do contrabando do opioide para território americano.  O documento também aponta que as drogas mais usadas pelos americanos não têm origem na Venezuela — a cocaína, por exemplo, é consumida por cerca de 2% da população norte-americana e vem majoritariamente de Colômbia, Bolívia e Peru.

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Tensão no Caribe

Destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para a região, enquanto o presidente Donald Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano. Na semana passada, o republicano revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

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Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos na região.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades do governo afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

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