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VÍDEO: EUA lançam décimo ataque a barco no Caribe; número de mortos sobe para 43

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta sexta-feira, 24, um novo ataque a um suposto barco de narcotráfico no Caribe. O número de bombardeios americanos a navios na região sobe para 10, com 43 mortos. No X, antigo Twitter, Hegseth disse que a embarcação pertencia ao cartel venezuelano Tren de Aragua. A declaração ocorre em meio à crescente tensão militar entre Venezuela e Estados Unidos, resultado do cerco do presidente Donald Trump ao tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico.

Durante a noite, sob a direção do Presidente Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque cinético letal contra uma embarcação operada pela Tren de Aragua (TdA), uma Organização Terrorista Designada (DTO), que traficava narcóticos no Mar do Caribe. Nossa inteligência sabia que a embarcação estava envolvida no contrabando ilícito de narcóticos, transitava por uma rota conhecida de narcotráfico e transportava narcóticos”, afirmou Hegseth. 

“Seis narcoterroristas homens estavam a bordo da embarcação durante o ataque, que foi realizado em águas internacionais — e foi o primeiro ataque à noite. Todos os seis terroristas foram mortos e nenhuma força americana foi ferida neste ataque. Se você é um narcoterrorista contrabandeando drogas em nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda. Dia ou noite, mapearemos suas redes, rastrearemos seu pessoal, o caçaremos e o mataremos”, acrescentou ele. 

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Ainda nesta sexta, os EUA afirmaram que vão despachar o destróier com mísseis guiados USS Gravely para Trindade e Tobago e se unir à nação caribenha para exercícios militares conjuntos perto da costa da Venezuela. O movimento ocorre após Trump anunciar que haverá “operações terrestres” em breve contra cartéis na região. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da nação insular, o navio de guerra americano “realizará treinamentos conjuntos com a Força de Defesa de Trinidad e Tobago” e partirá na próxima quinta-feira, 30.

+ EUA anunciam exercícios militares perto da Venezuela em meio a tensão com Maduro

Ataque nas águas da Colômbia

O último ataque foi realizado na costa da Colômbia, como confirmou Hegseth nesta quarta-feira, 22. A ação foi condenada pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, que acusou os EUA de cometer “execuções extrajudiciais”. Em coletiva em Bogotá, Petro disse acreditar que as manobras ordenadas por Trump acabam por “violar o direito internacional” e representam um “uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário”.

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“O mar do Caribe está repleto de navios de guerra, aeronaves navais e mísseis (dos Estados Unidos)”, continuou Petro. “Inclusive, um pescador de Santa Marta foi assassinado em seu barco. Quando anularam a certificação antidrogas, achamos muito paradoxal e, obviamente, recebemos isso como se fosse um insulto.”

No domingo, 19, Trump chamou Petro de “barão da droga” e prometeu cortar financiamento e subsídios dados à Colômbia, sugerindo também que forças americanas poderiam realizar ações no país. O líder colombiano, por sua vez, alegou que o barco pertencia a uma “família humilde”, e não à guerrilha colombiana batizada de Exército de Libertação Nacional (ELN), como argumentou Hegseth. Ao menos três pessoas morreram. Ele também chamou de volta o seu embaixador nos Estados Unidos, Daniel García-Peña, em gesto diplomático que frisa a insatisfação com o governo Trump.

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Pressão no Caribe

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades do governo afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

Os Estados Unidos também aumentaram a presença militar no Caribe, despachando para a região destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano. Na quarta-feira, o presidente americano revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Em paralelo, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou que o almirante responsável pelo Comando Sul das Forças Armadas americanas deixará o cargo no final deste ano. Com 37 anos de carreira, Alvin Holsey assumiu o Comando Sul no final do ano passado, para um mandato que normalmente dura três anos. Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters indicam que houve atrito recente entre Holsey e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, especialmente sobre a estratégia militar americana na Venezuela.

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