Vice-presidente da Câmara, o deputado federal Altineu Côrtes (PL) afirmou, nesta terça-feira, durante uma entrevista coletiva dada pela oposição a jornalistas em Brasília, que vai pautar a anistia na Casa assim que o chefe do Legislativo, Hugo Motta, se ausentar do país.
“Eu como primeiro vice-presidente da Câmara e do Congresso Nacional, sempre busquei, na minha forma de fazer política, equilíbrio e diálogo. E sempre respeite, como eleito vice-presidente, o presidente Hugo Motta, que tem a pauta da Câmara na sua mão e decide a pauta toda semana. Diante dos fatos que se apresentam, eu quero registrar aqui e já comuniquei o presidente Hugo Motta que, no primeiro momento em que eu exercer a presidência plena da Câmara dos Deputados, ou seja, que o presidente Hugo Motta se ausentar do país, eu irei pautar a anistia”, declarou Côrtes.
O deputado avaliou que a aprovação do projeto de anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos ataques antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023 é a “única forma de pacificar o país”.
Na mesma ocasião, o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro que teve sua prisão domiciliar decretada nesta segunda-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, disse que o grupo de parlamentares ali presentes, que são aliados do ex-mandatário, pretende apresentar um “pacote da paz”.
Dividida em três frentes principais, a medida visaria articular a aprovação do projeto de anistia citado por Altineu Côrtes, pautar o impeachment de Moraes, a buscar a aprovação da PEC que acaba com o foro privilegiado de parlamentares.
Em português claro, o filho de Bolsonaro diz que o país só terá “paz” se o ex-presidente escapar da prisão e o Judiciário se curvar aos desejos bolsonaristas.