A estação mais quente do ano está chegando e, com a proximidade de momentos que exigem roupa de banho, surge o interesse em potencializar os treinos para alcançar um abdômen mais definido. Para comentar o assunto, a coluna GENTE falou com o profissional de Educação Física e diretor técnico da Bodytech Company Eduardo Netto; o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ André Maranhão; e a médica dermatologista Juliana Neiva, pós-graduada pela Columbia University em Nova York.
Para Eduardo Netto é possível “turbinar” o abdômen, mas dentro de limites fisiológicos. “A definição abdominal depende principalmente de redução de gordura corporal total, não de exercício localizado. Em 8–12 semanas, combinando déficit calórico moderado, treino de força e treino cardiovascular, é realista reduzir seu percentual de gordura em muitos indivíduos, o que já melhora bastante o aspecto do abdômen. Resultados mais radicais exigem tempo, com resistência e controle nutricional rigoroso”.
Segundo ele, os treinos mais eficazes são os de força (3–4 vezes por semana). “Foco em grandes grupamentos, que aumentam gasto energético e massa magra: agachamentos, levantamento terra, supinos, remadas, puxadas, avanços”. Treino de core bem estruturado (2–4 vezes por semana). “Foco é na aquisição da estabilidade e não na realização dos exercícios tradicionais de flexão da coluna”. E treino aeróbico (2–3 vezes por semana), com cardio contínuo moderado (30–45 minutos); ou de tiros curtos em esteira, bike ou remo (10–20 minutos totais). Além, claro de nutrição e comportamento, com déficit calórico leve (≈ 300–500 kcal/dia), quantidade de proteína adequada (1,6–2,2 g/kg/dia). “Sono, estresse e álcool impactam muito a estética abdominal”.
André Maranhão, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ, pontua que a definição abdominal depende de uma combinação estratégica entre tecnologias de consultório, indicação correta dos tipos de lipo e um pós-operatório rigoroso. “Embora nenhuma técnica substitua hábitos saudáveis (dieta adequada e atividades físicas), algumas intervenções médicas podem, sim, acelerar e intensificar o resultado”.
Ele explica que, para pacientes que já apresentam baixo percentual de gordura e hábitos saudáveis, mas desejam realçar contornos, a lipo HD (High Definition) ou LAD é a mais indicada. Ela trabalha com maior precisão na retirada de gordura ao redor dos músculos, criando sombras anatômicas que proporcionam o efeito de abdômen marcado. Já a lipo clássica com tecnologia, segundo Maranhão, segue uma linha semelhante, porém com um desenho um pouco menos agressivo, ideal para quem busca definição, mas ainda com aspecto natural. “Para pacientes que têm um volume maior de gordura, mas também desejam definição a médio prazo, a lipo convencional pode ser o primeiro passo, permitindo a retirada mais ampla de tecido adiposo antes de partir para detalhes de esculpimento. Porém, a lipoaspiração não deve ser indicada como método de emagrecimento pois as irregularidades e as alterações metabólicas não compensam. É importante ter clareza que o melhor resultado depende da somatória entre procedimento adequado, biotipo favorável, alimentação equilibrada e treino regular”, diz.
Já Juliana Neiva indica o campo eletromagnético CMSLIM, que possui programas individualizados para hipertrofia muscular. “A radiofrequência monopolar Volnewmer também é uma ótima opção para remodelação do colágeno sem downtime e em uma sessão. Esse procedimento combate a flacidez, gerando calor nas camadas mais profundas da pele, resultando em um efeito de rejuvenescimento corporal. É importante ressaltar que para os corporais nossa estratégia é combinar diferentes tecnologias para um alcance tridimensional, para melhora do contorno corporal, com naturalidade. Injetáveis como bioestimuladores também ajudam na espessura da pele, indicado para flacidez”, aponta a profissional.
