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Vendas de eletroeletrônicos saltam 378% de 1994 a 2024 e atingem 130 milhões de aparelhos

De 1994 a 2024, as vendas de aparelhos eletroeletrônicos saltou 378% no Brasil, passando de 27 milhões para 130 milhões de unidades, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 27, pela Eletros, a associação que reúne as empresas do setor. O estudo mostra que o crescimento não foi linear. De 1994 a 2004, as vendas avançaram para 34 milhões de aparelhos. Em 2014, alcançaram 83 milhões de unidades e, no ano passado, bateram em 130 milhões.

A Eletros acrescenta que a velocidade de expansão do setor foi três vezes maior que a do número de domicílios, que avançaram de 39 milhões para 80 milhões de unidades nos últimos trinta anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Também foi mais de dez vezes superior ao ritmo de aumento da população, que passou de 159 milhões de habitantes para 213 milhões no período.

O aumento do poder de compra dos brasileiros, as políticas públicas de incentivo ao setor, a ampliação do crédito e o apoio à produção nacional são alguns dos fatores que explicam o crescimento da venda de eletroeletrônicos no país, de acordo com a Eletros. Com isso, cada vez mais lares contam com aparelhos que vão além dos básicos TV, geladeira e fogão. As vendas de air flyers, por exemplo, explodiram nos últimos anos, saltando de 745 mil unidades em 2016 para 8 milhões no ano passado. As ondas de calor cada vez mais fortes, devido ao aquecimento global, também incentivaram uma disparada da demanda por aparelhos de ar-condicionado. Em 2015, foram vendidas 3 milhões de unidades; no ano passado, 13 milhões.

Em tempos de guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produção de eletroeletrônicos do Brasil apresenta um elevado índice de autossuficiência. De acordo com a Eletros, 97% dos aparelhos vendidos são fabricados no país. “O setor não depende mais de importações”, afirma o presidente da entidade, Jorge Nascimento, na nota à imprensa. “Ganhamos escala, experiência e capacidade de inovar.”

Nascimento acrescenta que, nos próximos anos, o foco da indústria será melhorar a eficiência energética dos aparelhos, a fim de reduzir o consumo de eletricidade e, com isso, seu impacto ambiental. Outra frente é o avanço das chamadas smart homes, marcadas por uma forte presença de aparelhos conectados e tecnologias IoT (internet das coisas).

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