Mesmo com a inflação mais baixa em julho, o consumo das famílias não cresceu e o volume de vendas do comércio varejista caiu 0,1% em junho frente a maio, na série com ajuste sazonal, terceiro resultado negativo no ano. A média móvel trimestral recuou 0,3%. Na comparação com junho de 2024, houve leve alta de 0,3%, enquanto o acumulado do primeiro semestre registra crescimento de 1,8% e, em 12 meses, de 2,7%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 13, pelo IBGE.
No varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, a queda foi mais acentuada: 2,5% na passagem mensal. O semestre fechou com alta de 0,5% e o acumulado em 12 meses, em 2,0%.
Cinco das oito atividades do varejo recuaram no mês, com destaque para equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-2,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%). Entre as altas, outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%) e tecidos, vestuário e calçados (0,5%). No ampliado, veículos e motos caíram 1,8% e material de construção, 2,6%.
Na comparação anual, tecidos, vestuário e calçados tiveram a maior alta (6,4%), seguidos por outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%) e artigos farmacêuticos (1,9%). Já veículos e motos (-6,7%) e o atacado de alimentos, bebidas e fumo (-11,0%) puxaram o ampliado para baixo.
Regionalmente, 14 das 27 unidades da federação tiveram queda nas vendas em relação a maio, com destaque para Tocantins (-4,1%) e Piauí (-3,2%). No ampliado, a retração foi mais ampla, atingindo 20 estados, puxada por São Paulo (-4,3%) e Distrito Federal (-3,0%).