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Universidade Cornell fecha acordo multimilionário com governo Trump para recuperar verbas

A Universidade Cornell, uma das mais prestigiadas da Ivy League, fechou um acordo de US$ 60 milhões (cerca de R$ 319 milhões) com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar investigações federais e reaver mais de US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhões) em verbas congeladas desde abril. A decisão, que entra em vigor nesta sexta-feira, 7, é vista como um marco na ofensiva da atual administração contra as políticas de diversidade, equidade e inclusão adotadas por grandes universidades americanas.

Pelos termos do acerto, Cornell pagará US$ 30 milhões (cerca de R$ 167 milhões) ao governo dos EUA ao longo dos próximos três anos e investirá outros US$ 30 milhões em programas de pesquisa agrícola voltados a reduzir custos de produção e aumentar a eficiência de fazendas americanas.

Além da compensação financeira, a instituição concordou em fornecer dados anonimizados sobre admissões de alunos de graduação — que serão auditados pelo governo — e a realizar “pesquisas anuais para avaliar o clima no campus para os estudantes com ascendência judaica”, segundo o acordo, entre outras disposições. Em contrapartida, Washington vai restabelecer imediatamente todos os financiamentos suspensos e arquivar as investigações de direitos civis que envolviam a universidade.

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Cerco de Trump

O acordo segue o mesmo modelo de negociações firmadas recentemente entre o governo Trump e outras instituições de ensino superior da Ivy League. A diferença é que, neste caso, não haverá monitoramento externo para garantir o cumprimento das medidas.

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Em julho, a Universidade Columbia concordou em pagar mais de US$ 220 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhões) à administração para driblar a ameaça de cortes massivos de financiamento federal. No início do ano, Trump suspendeu temporariamente repasses à universidade, alegando que o campus falhou em reprimir atos e sentimentos antissemitas durante protestos contra a guerra em Gaza.

Em carta enviada à comunidade acadêmica, o presidente de Cornell, Michael Kotlikoff, disse que as negociações ocorreram em “boa fé” e que o resultado “reconhece o compromisso do governo com a aplicação das leis antidiscriminação, ao mesmo tempo em que preserva a liberdade acadêmica e a independência institucional” da universidade.

Por sua vez, a secretária de Educação, Linda McMahon, celebrou o acordo como “mais uma vitória contra políticas divisivas de diversidade e inclusão”, enquanto um porta-voz da Casa Branca chamou o desfecho de “grande conquista” para os estudantes americanos.

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