O embate entre parlamentares do Centrão com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva segue pelas redes sociais. Depois de o PT divulgar vídeo dizendo que tenta taxar milionários para conseguir diminuir a carga tributária dos pobres, União Brasil e Progressistas rebateram a publicação também via audiovisual.
Na postagem deste domingo, 29, a narração pede que o governo do PT diminua os gastos com 38 ministérios, por exemplo. “É hora de rachar a conta do Brasil de forma mais justa. O povo tem que pagar menos. E a companheirada tem que parar de gastar mais. Quem é a favor do povo de verdade, não só na propaganda, apoia essa ideia”, diz a legenda.
Na última semana, o governo foi derrotado no Congresso na votação que sustou os efeitos do decreto presidencial sobre aumento do IOF. Por outro lado, apoiadores do PT cobram postura de corte de gastos dos parlamentares que, na mesma semana, aumentaram de 513 para 531 assentos para deputados.
No vídeo do PT, há citação de que o atual governo tenta fazer com que ricos paguem mais impostos. “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets. É o governo Lula dando início a uma virada histórica na cobrança de impostos no Brasil”, diz a legenda da gravação petista.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por PT – Partido dos Trabalhadores (@ptbrasil)
A demonstração de que partidos de centro deixarão a base do governo Lula foi mostrada por VEJA na edição 2949, em 20 de junho último. O PSD deu espaço nacional em suas inserções para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o chefe do Poder Executivo do Paraná, Ratinho Junior (PSD). Já as gravações do PP foram mais duras com o governo. “Se você se decepcionou com a situação do Brasil, se perdeu a esperança e acha que tudo está caro demais e as coisas indo para o rumo errado, você não está só”, diz o presidente da sigla e senador Ciro Nogueira (PP-PI). Na sequência, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) diz que “temos que acreditar na hora da virada”. Em outra inserção, o pré-candidato a senador e secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, critica o avanço do crime e diz que os brasileiros “querem a sua liberdade de volta”.