Mesmo com espaços no primeiro escalão, o União Brasil só estaria aguardando o momento perfeito para oficializar a sua saída da base aliada do governo Lula.
Esse é um diagnóstico compartilhado por membros da cúpula do partido, que já admitem nos bastidores que a saída da base da gestão petista é questão de tempo.
“Devagarzinho. Essa realidade está cada vez mais cristalina. A situação está insustentável”, disse um dirigente ao Radar em caráter reservado.
A ruptura só não deve ser imediata, porque a sigla quer conduzir esse processo com cautela.
A boa relação dos ministros indicados pelo União com seus pares na Esplanada e com o próprio presidente seria um dos motivos para esse cuidado.
Líderes do partido querem evitar que o movimento imponha rusgas entre os auxiliares e o atual chefe.
Além disso, não querem expor o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que hoje talvez seja o principal fiador do governo dentro do União.
O objetivo é conduzir o assunto de uma forma que o chefe do Legislativo seja preservado assim como as relações que ele construiu com o Planalto.