O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta quinta-feira, 27, uma “revisão minuciosa” dos green cards, documentos de residência permanente no país, emitidos a cidadãos de 19 países. A decisão acontece um dia após um ataque, atribuído a um afegão, que feriu dois membros da Guarda Nacional nas proximidades da Casa Branca.
Em publicação nas redes sociais, o diretor dos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA, Joe Edlow, afirmou que a lista foi montada com base em “países de preocupação especial”. Os 19 países são: Afeganistão, Burundi, Chade, Cuba, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Irã, Laos, Líbia, Mianmar, República do Congo, Serra Leoa, Somália, Sudão, Togo, Turcomenistão, Venezuela e Iêmen.
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Mais cedo, o governo dos EUA já havia anunciado a suspensão por tempo indeterminado do processamento de todos os pedidos de imigração de cidadãos do Afeganistão.
Segundo informações da emissora Fox News, o imigrante do Afeganistão suspeito de ter atirado contra os dois militares em Washington teria trabalhado para a Agência Central de Inteligência (CIA) e para o Exército americano em Cabul. De acordo com o Departamento de Segurança Interna, o suspeito é Rahmanulah Lakanwal, de 29 anos, e teria agido sozinho na quarta-feira.
À Fox News, o diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou que Lakanwal teve pedido de asilo aceito por conta de sua contribuição como integrante de uma força parceira dos EUA no Afeganistão. Ele chegou aos EUA em setembro de 2021, quando tropas americanas deixaram Cabul, fez o pedido de asilo em 2024 e concluiu o processo em abril deste ano.