A Organização Trump, empresa de propriedade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou nesta segunda-feira, 16, uma marca de serviços de telefonia móvel e um smartphone de US$ 499 (cerca de R$ 2.743).
O anúncio do lançamento foi feito pelos filhos do republicano, Eric Trump e Donald Trump Jr., na Trump Tower, em Nova York, no aniversário de 10 anos do anúncio da candidatura de Trump à eleição presidencial de 2016.
“Firmamos parcerias com algumas das melhores pessoas do setor para garantir que americanos de verdade recebam o valor real de suas operadoras”, afirmou Don Jr.
O novo serviço oferecerá um plano de US$ 47,45 por mês — uma referência a Trump como o 47º presidente dos EUA — que inclui chamadas, mensagens de texto e dados ilimitados, além de assistência na estrada e um “Benefício de Telemedicina e Farmácia”, segundo com site da empresa.
De acordo com o site da Trump Mobile, o telefone “T1” roda Android 15 e possui uma tela de 6,8 polegadas, uma câmera de selfie de 16 megapixels e uma câmera principal de 50 megapixels. Apesar do valor baixo em comparação com os últimos lançamentos da Apple, por exemplo, o novo smartphone parece ser comercializado como um dispositivo de luxo devido à sua cor dourada gravada com uma bandeira americana.
A Organização Trump também afirmou que seu novo empreendimento terá centros de atendimento sediados nos EUA e telefones fabricados no país.
A Trump Mobile terá cobertura equivalente à das principais operadoras Verizon, AT&T e T-Mobile, que juntas detêm o controle de quase todo o mercado de telefonia móvel nos EUA, de acordo com o site da empresa.
O serviço móvel se junta aos relógios, Bíblias e tênis da marca Trump, com os filhos do presidente indicando que mais está por vir.
Conflitos de interesse
Após o lançamento da Trump Mobile, críticos levantaram preocupações éticas sobre os negócios da família do presidente americano estarem adentrando um setor fortemente regulamentado por agências federais que operam sob o poder de Trump. A situação coloca o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, em uma saia justa por supervisionar questões regulatória.
No entanto, o presidente e sua família insistem em apostar em oportunidades lucrativas para expandir seu investimento com relativamente poucas desvantagens, financeiras ou políticas. Na sexta-feira, o republicano relatou que havia arrecadado mais de US$ 8 milhões com acordos de licenciamento em 2024.
