O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Casa Branca está avaliando a possibilidade de reclassificar a maconha como uma droga de menor perigo. As declarações foram feitas na segunda-feira, 15, e reforçam comentários anteriores do mandatário que previam a redução de restrições à cannabis.
“Estamos considerando isso porque muita gente quer ver a reclassificação, uma vez que ela possibilita a realização de uma quantidade enorme de pesquisas que não podem ser feitas sem a reclassificação. Então, estamos analisando isso com muita atenção”, disse Trump.
As falas de Trump vão de acordo com a postura do mandatário durante a campanha presidencial de 2024, quando disse apoiar a reclassificação da maconha, que saíria do Anexo I – referente a drogas com alto potencial de abuso – para o Anexo III – drogas com potencial de moderado a baixo para causar dependência física e psicológica.
Na época, o mandatário havia sugerido que seu novo mandato inauguraria uma era para a substância, facilitando o acesso de adultos a produtos seguros e garantindo que os estados teriam maior liberdade para buscar a legalização. Embora tenham ocorrido em meio a uma agressiva tentativa de conquistar o voto dos eleitores mais jovens, as declarações parecem ter sido sérias por parte do mandatário.
Segundo a emissora CNN, a Casa Branca passou grande parte de 2025 pesquisando a possibilidade de prosseguir com a reclassificação da maconha. Atualmente na mesma categoria de drogas como heroína e metanfetamina, uma alteração poderia influenciar significativamente o setor, com representantes mantendo conversas com a administração Trump sobre o tema.
Embora a mudança não legalize a maconha em todo o território nacional, isso reduziria restrições sobre a cannabis, permitindo deduções fiscais para empresas do setor, que enfrentam o financiamento como um dos principais entraves da área, além de ampliar pesquisas médicas a respeito da substância.
O presidente teria passado horas discutindo o assunto no dia 9 de dezembro, em uma reunião no Salão Oval que contou com a presença do secretário de Saúde Robert F. Kennedy Jr. e de nomes da indústria como Kim Rivers, da empresa de cannabis Trulieve, e o defensor da ampliação do acesso à cannabis medicinal Howard Kessler, além de outros representantes importantes do governo e do setor.