O presidente dos Estados Unidos e líder da extrema-direita norte-americana, Donald Trump, resolveu entrar no jogo político brasileiro quase aos 45 minutos do segundo tempo para tentar ajudar Jair Bolsonaro. O movimento acontece quando se aproximam as alegações finais do julgamento da trama golpista e de uma provável condenação.
“O Grande Povo do Brasil não tolerará o que estão fazendo com seu ex-presidente. Estarei acompanhando de perto a CAÇA ÀS BRUXAS de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores. O único julgamento que deveria acontecer é um Julgamento pelos Eleitores do Brasil — chama-se Eleição. DEIXEM BOLSONARO EM PAZ!”, afirmou Trump em sua rede social.
A declaração mexeu com as redes bolsonaristas, ouriçadas com a possibilidade de isso ter algum efeito no julgamento do Supremo Tribunal Federal que pode complicar ainda mais a situação jurídica do ex-presidente brasileiro. Mexeu também com o governo Lula, que empurrou o presidente a reagir.
“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, afirmou o petista, comentando o que disse não comentar.
“Eu não vou comentar essa coisa do Trump e do Bolsonaro… tenho coisa mais importante pra [falar] do que isso. Esse país tem lei, esse país tem regra, esse país tem um dono chamado ‘‘povo brasileiro’, portanto, deem palpite na sua vida e não na nossa”, continuou o presidente Lula.
A entrada em campo de Donald Trump afetou também o STF. Nos bastidores da corte, ministros comentavam sobre o tema, mas decidiram não gerar mais espuma no assunto que ganhou enorme repercussão nas redes sociais. Mas a pergunta que fica é: Trump ainda consegue virar o jogo de Bolsonaro? Não, não. Quase impossível…
