Uma ligação entre Donald Trump e Xi Jinping fecha a semana do mercado financeiro, sob a expectativa de que seja anunciado um acordo para a operação do TikTok nos Estados Unidos. O governo americano tenta forçar a venda da divisão local para empresas americanas, isso em um momento em que algoritmos de redes sociais são cada vez mais poderosos no papel de mobilização da opinião pública e das decisões de consumo.
A ligação ocorre após uma semana em que os dois países tentam negociar novos termos de um acordo comercial, uma espécie de remédio para a escalada que levou as tarifas de importações entre EUA e China a alcançar a casa dos três dígitos. O conflito comercial está em pausa, com alíquotas de 30% sobre produtos chineses, e de 10% sobre os itens americanos. Ainda assim, é preciso um novo acordo antes de novembro, quando a trégua deve terminar.
Enquanto isso, a China proibiu as empresas de tecnologia locais de comprar os processadores de inteligência artificial produzidos pela Nvidia, em um esforço de diminuir a dependência dos Estados Unidos.
Os futuros americanos amanhecem perto da estabilidade nesta sexta-feira, enquanto os índices europeus têm viés de alta. As ações chinesas fecharam perto do zero a zero.
Na contramão do dia morno, o EWZ começa o dia em alta robusta de mais de 1%. Na véspera, as ações brasileiras fecharam em leve queda, em movimento de realização de lucros após recordes recentes.
Por aqui, a agenda econômica é fraca. O destaque do noticiário é a pressão de senadores americanos, tanto democratas quanto republicanos, para a revogação das tarifas de importação sobre produtos brasileiros, que têm encarecido as compras de supermercado nos Estados Unidos.
Agenda do dia
10h: Teleconferência entre Trump e Xi
11h30: Itamaraty: Mauro Vieira se reúne com representante para Política Externa e Segurança da UE, Kaja Kallas
14h: Mary Daly (Fed/São Francisco) participa de fórum institucional sobre IA
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