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Trump diz que EUA farão ‘operações terrestres’ contra Venezuela ‘muito em breve’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, 23, que tropas americanas farão “operações terrestres” contra a Venezuela “muito em breve”.

Mais cedo, nesta quarta, reportagem do jornal The Washington Post mostrou que Trump instruiu a CIA, agência de inteligência do país, a tomar medidas na Venezuela que podem levar à destituição do presidente Nicolás Maduro Maduro.

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A diretiva veio em meio a uma escalada de tensões na região do Caribe, para onde Washington despachou milhares de soldados, caças, helicópteros e navios de guerra há dois meses no intuito de, segundo a Casa Branca, conter o fluxo do narcotráfico na área. Caracas, por sua vez, acusa o governo Trump de usar a narrativa anti-drogas como cortina de fumaça e planejar uma intervenção para provocar uma mudança de regime no país.

De acordo com o Post, que falou com duas pessoas familiarizadas com um documento confidencial assinado pelo presidente dos Estados Unidos dando as instruções à CIA, o texto continha uma autorização “para ações agressivas contra o governo venezuelano e traficantes de drogas associados”.

A diretiva não ordena explicitamente que a CIA derrube Maduro. Mas, ainda segundo as fontes ouvidas pelo jornal americano, “autoriza medidas que podem levar a esse resultado”.

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A agência de espionagem dos Estados Unidos tem se mobilizado para reforçar sua presença na região, enviando agentes para o Caribe e arredores para coletar inteligência, acrescentou o Post. O Pentágono também enviou unidades de elite e forças de operações especiais para a região.

Na semana passada, Trump confirmou que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela e que seu governo estuda a possibilidade de realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas venezuelanos. Ao ser questionado se agentes teriam autoridade para matar Maduro, o presidente americano disse ser “uma pergunta ridícula”, mas afirmou que “a Venezuela está sentindo a pressão”.

A Casa Branca sustenta que ações no Caribe são necessárias para interromper o fluxo de drogas que sai da região em direção aos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, porém, monta um cerco à Venezuela e ao ditador Nicolás Maduro. Indiciado por tráfico de drogas pela Justiça americana em 2020, o líder chavista foi apontado pelo governo Trump como líder do Cartel dos Sóis e teve a cabeça posta a prêmio (US$ 50 milhões).

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Em declaração recente, a secretária de Justiça dos EUA, Pam Bondi, informou que foram apreendidos US$ 700 milhões em ativos ligados a Maduro. Em meio a trocas de farpas, o líder venezuelano mobilizou 4,5 milhões de milicianos chavistas em todo o país, apresentando a medida como uma estratégia de segurança. As acusações logo escalaram para uma movimentação militar americana em direção à Venezuela.

Desde que tomou posse em janeiro, Trump tem intensificado a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. Embarcações militares americanas foram enviadas para a costa venezuelana, que também registraram a presença de bombardeiros B-52 e caças F-35 nos céus da região. Pelo menos oito operações contra barcos que supostamente carregavam drogas foram promovidas por Washington. Ao menos 37 pessoas morreram nas ofensivas, segundo dados oficiais.

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