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Trump defende chefe de gabinete após polêmica e admite ter ‘personalidade de alcoólatra’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa de sua chefe de gabinete, Susie Wiles, na terça-feira 16, após a publicação de uma série de entrevistas bombásticas em que ela lançou críticas ao governo americano, admitiu haver instrumentalização política da Justiça e afirmou que o líder republicano tem “personalidade de alcoólatra”.

Trump afirmou em entrevista ao jornal The Post que confia em Wiles para continuar no cargo — e que ela está correta sobre a “personalidade de alcoólatra”, insistindo que não ficou ofendido.

“Veja bem, eu não bebo álcool. Todo mundo sabe disso. Mas eu costumo dizer que, se bebesse, teria grandes chances de me tornar alcoólatra. Já disse isso muitas vezes sobre mim mesmo, eu me considero alcoólatra. É uma personalidade muito possessiva e viciante”, afirmou Trump ao The Post. Ele sempre citou a morte de seu irmão mais velho, Fred, vítima aos 42 anos de um ataque cardíaco induzido pelo álcool em 1981, como razão para sua abstinência.

À revista Vanity Fair, Wiles explicou que “alcoólatras têm traços de sua personalidade exagerados quando bebem” e que Trump possui “personalidade de alcoólatra” porque “age como se pudesse fazer absolutamente qualquer coisa”.

Entre os outros comentários que geraram polêmica na entrevista, a chefe de gabinete da Casa Branca taxou o vice-presidente, J.D. Vance, de “teórico da conspiração” e afirmou que a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, “errou feio” na gestão do imbróglio envolvendo os documentos relacionados à investigação de Jeffrey Epstein, o notório financista que matou-se na cadeia após ser condenado por liderar uma rede de exploração sexual de mulheres.

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Ao The Post, Trump insistiu que Wiles é “fantástica” e que Chris Whipple, autor da entrevista, pode tê-la “enganado” em relação ao foco da conversa. “O entrevistador estava muito equivocado, propositalmente equivocado”, afirmou o presidente, acrescentando que a Vanity Fair “está muito perdida”.

Wiles, considerada uma das confidentes mais próximas de Trump, é admirada por pessoas no entorno do presidente por resolver desavenças entre funcionários de forma discreta, evitando as constantes disputas internas que marcaram o primeiro mandato do republicano. Ela também adota uma postura diferente como chefe de gabinete, defendendo que líder americano tenha mais influência e não seja controlado pelos integrantes do governo (uma marca de sua primeira passagem pela Casa Branca, quando o chefe de gabinete era John Kelly, que mais tarde tornou-se crítico ferrenho de Trump).

Embora a franqueza de Wiles tenha inicialmente chocado Washington, os funcionários do governo rapidamente se uniram em sua defesa, incluindo Vance, que, assim como Trump, admitiu que havia verdade em suas palavras menos lisonjeiras.

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“Às vezes sou um teórico da conspiração”, disse o vice-presidente a repórteres na Pensilvânia. “Mas só acredito nas teorias da conspiração que são verdadeiras”, acrescentou, sugerindo que a orientação para usar máscaras na pandemia de Covid-19 estava equivocada e que a mídia acobertou o estado frágil de saúde do ex-presidente, o democrata Joe Biden. “Acontece que uma teoria da conspiração é apenas ‘algo que era verdade seis meses antes da mídia admitir’”, completou ele.

Pam Bondi também defendeu Wiles, chamando-a de “querida amiga” que “luta todos os dias para promover a agenda do presidente Trump – e o faz com graça, lealdade e eficácia”. “Qualquer tentativa de dividir este governo vai fracassar. Somos uma família”, acrescentou a procuradora-geral em declaração no X (ex-Twitter).

O diretor de orçamento da Casa Branca, Russell Vought, a quem Wiles chamou de “um fanático de direita”, escreveu nas redes que ela é “uma chefe de gabinete excepcional” e uma “aliada”. “Essa matéria difamatória não nos impedirá de avançar”, disse ele, garantindo que o governo “nunca funcionou tão bem”.

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A própria Wiles fez raro post no X, dizendo que a matéria publicada pela Vanity Fair era “difamatória, manipulada de forma desonesta, contra mim e contra o melhor presidente, equipe da Casa Branca e gabinete da história”.

“Um contexto significativo foi ignorado e muito do que eu, e outros, dissemos sobre a equipe e o presidente foi omitido da matéria”, acrescentou ela. “Depois de ler isso, presumo que foi feito para pintar uma narrativa extremamente caótica e negativa sobre o presidente e nossa equipe.”

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