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Trump ameaça China com tarifa de 200% se país não fornecer ímãs aos EUA

O presidente americano, Donald Trump, disse a repórteres nesta segunda-feira, 25, que a China precisa fornecer ímãs aos Estados Unidos ou “teremos que cobrar uma tarifa de 200% ou algo assim”. A fala se dá em meio à disputa comercial e tecnológica entre os dois países e a decisão de Pequim de incluir diversos itens do setor de terras raras, incluindo ímãs, na lista de restrições de exportação, como resposta às tarifas da Casa Branca.

Pequim representa 90% do mercado global de ímãs, essencial para produtos como chips semicondutores, amplamente usados ​​em smartphones, laptop e outras tecnologias.

No último dia 11, Trump assinou um decreto que estendeu a trégua tarifária com a China por mais 90 dias. A fala seguiu declarações do republicano de que os EUA têm “lidado muito bem com a China”, justificando: “Como vocês provavelmente já ouviram, eles estão pagando tarifas tremendas aos Estados Unidos da América”. Com o acordo tarifário, os dois países abrandaram a guerra tarifária: as taxas americanas sobre as importações chinesas despencaram de 145% para 30%, enquanto os impostos chineses sobre os produtos americanos caíram de 125% para 10%.

No anúncio do acordo, em maio, EUA e China reconheceram “a importância da relação bilateral” para ambos os países e para a “economia global”. Eles  também concordaram em estabelecer “um mecanismo para continuar as discussões sobre relações econômicas e de comércio”.

Economia da China

A economia chinesa superou ligeiramente as previsões e cresceu 5,2% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, informou o Escritório Nacional de Estatística no mês passado. A consultoria chinesa Wind apontava expectativa de 5,17%, e a agência de notícias Reuters, 5,1%. Os dados mostram que, pelo menos até junho, a China conseguiu resistir ao impacto do tarifaço do governo Trump, embora seja difícil a manutenção do ritmo na segunda metade do ano.

O resultado deste período já representa um abrandamento face ao avanço de 5,4% no primeiro trimestre (embora mantenha a economia chinesa em linha com o objetivo final de crescimento de 5% no total de 2025). O gigante asiático tem um modelo de crescimento fortemente baseado nas suas exportações. Um cenário de guerra comercial mundial pode limitar a capacidade da China prolongar o seu ciclo de crescimento. Mesmo com uma trégua entre Pequim e Washington, teme-se um abrandamento das exportações chinesas.

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