Um novo episódio de violência agravou ainda mais a crise humanitária na Faixa de Gaza neste sábado, 19. Pelo menos 32 palestinos foram mortos e mais de 100 ficaram feridos após tropas israelenses abrirem fogo contra multidões que se dirigiam a centros de distribuição de alimentos no sul do território. As vítimas tentavam acessar os pontos administrados pela Gaza Humanitarian Foundation, organização financiada por Israel e pelos Estados Unidos. Entre os mortos, estão jovens e adolescentes que, segundo testemunhas, estavam desarmados e caminhavam em direção ao local.
Os relatos dão conta de que os tiros foram disparados a cerca de um quilômetro dos centros de ajuda, em áreas próximas a Khan Younis. Médicos do hospital local afirmam que muitos atingidos sequer haviam chegado aos postos de distribuição quando foram baleados. Imagens obtidas por agências humanitárias mostram corpos estendidos no chão e pessoas feridas sendo socorridas por civis.
O Exército de Israel afirmou que os soldados efetuaram apenas tiros de advertência contra pessoas que teriam ignorado ordens para recuar. Testemunhas, no entanto, relatam que os disparos foram diretos contra a multidão.
O caso reacende o alerta sobre o colapso humanitário no enclave palestino. Desde o fim de maio, centenas de pessoas já morreram tentando acessar alimentos e água em Gaza — muitas em incidentes semelhantes.