Quase três meses após parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro terem ocupado o plenário por mais de 24 horas e terem inviabilizado os trabalhos da Câmara, a punição dos “baderneiros” selecionados pela Mesa Diretora para levarem alguma sanção pouco avançou.
Os processos contra Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão até foram instaurados no Conselho de Ética, mas ainda estão em fase inicial, o que leva a crer que a análise das representações não deve ocorrer até o fim do ano.
Os três são acusados de adotar conduta incompatível com o decoro parlamentar durante a ocupação do plenário. Van Hattem e Zé Trovão obstruíram o acesso do presidente a sua cadeira , enquanto Pollon se sentou no lugar do vice-presidente da Casa. Por esse motivo, as representações da Mesa pedem a suspensão cautelar dos três por um mês.
Paralelamente, a direção da Casa pediu que Pollon seja suspenso por 90 dias em razão de declarações ofensivas contra o presidente da Câmara, Hugo Motta.
Vale lembrar que o andamento moroso das punições foi uma opção da Mesa Diretora, que decidiu pedir que a Corregedoria analisasse as representações contras os baderneiros. Uma das alternativas era que a direção da Casa recomendasse a suspensão cautelar diretamente ao Conselho de Ética, em um processo que seria mais célere e que já estaria concluído.