Na manhã desta terça-feira, aviões militares da Rússia e da China entraram brevemente na zona de identificação aérea da Coreia do Sul, levando o país a mobilizar caças para interceptação.
Sete aeronaves russas e duas chinesas sobrevoaram a área próxima à costa leste e sul da Coreia do Sul por cerca de uma hora, segundo o comando conjunto das Forças Armadas sul‑coreanas. Não houve violação do espaço aéreo territorial.
O incidente se enquadra em um padrão já observado nos últimos anos, quando Moscou e Pequim realizam patrulhas aéreas conjuntas na região como parte de exercícios militares regulares. Apesar de não haver invasão direta, essas incursões são vistas por Seul como demonstrações de força e testes de prontidão.
As aeronaves estrangeiras foram detectadas antes mesmo de entrarem na zona, e os caças sul‑coreanos foram mobilizados para qualquer contingência. Autoridades militares enfatizaram que a ação foi preventiva, mas não há registros de confronto ou incidentes durante o sobrevoo.
A zona é uma área de monitoramento que permite à Coreia do Sul identificar e acompanhar aeronaves estrangeiras próximas ao seu espaço aéreo. Ela não corresponde ao território soberano do país, mas serve como alerta estratégico. Entradas não comunicadas, especialmente de potências como Rússia e China, costumam gerar protestos diplomáticos e atenção das forças de defesa.
Especialistas em segurança regional interpretam esses movimentos como sinais de pressão de Moscou e Pequim sobre a Coreia do Sul e seus aliados, em um contexto de tensões crescentes no Leste Asiático, marcado por disputas territoriais e rivalidades estratégicas.
Nos últimos anos, a frequência dessas incursões aumentou. Cada patrulha conjunta de Rússia e China provoca reação imediata de Seul e demonstra a complexidade das relações militares na região, mesmo sem confronto direto.
O episódio desta terça-feira reforça a percepção de que a vigilância aérea se tornou uma ferramenta de poder e intimidação, capaz de testar a prontidão e a resposta de países vizinhos sem romper formalmente fronteiras.