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Taxa de desocupação cai para 5,6% a menor desde 2012 no Brasil

A taxa de desocupação do país recuou para 5,6% no terceiro trimestre de 2025, o marcando mais um recorde ao registrar o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. Os dados são da PNAD Contínua divulgada nesta sexta-feira, 14. Em relação ao trimestre anterior, o indicador caiu em apenas dois estados e ficou estável na maior parte do país, movimento típico do período em que o mercado de trabalho se ajusta para o fim do ano.

Os maiores índices de desemprego continuam concentrados no Nordeste e Norte: Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%). Na ponta contrária, Santa Catarina e Mato Grosso, ambos com 2,3%, registraram as menores taxas, seguidos por Rondônia (2,6%).

Vale destacar que a divulgação já incorpora a reponderação da série histórica, feita em 2025, com base nas projeções populacionais atualizadas após o Censo de 2022.

O número de pessoas em busca de trabalho diminuiu em todas as quatro faixas de tempo analisadas pelo IBGE, na comparação com o mesmo trimestre de 2024. Duas delas tiveram o menor contingente para um terceiro trimestre desde 2012: quem procura emprego entre 1 mês e menos de 1 ano (3,1 milhões) e entre 1 ano e menos de 2 anos (666 mil). Os desempregados há mais de dois anos somam 1,2 milhão, o menor nível desde 2015.

Segundo o analista William Kratochwill, o trimestre ainda reflete um período de adaptação do mercado. “A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação, e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”, afirmou.

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Mulheres, negros e pessoas com menor escolaridade seguem mais vulneráveis

A desocupação entre mulheres (6,9%) segue mais alta que entre homens (4,5%). Por raça, a taxa ficou em 4,4% para brancos, 6,9% para pretos e 6,3% para pardos.

O maior índice foi registrado entre pessoas com ensino médio incompleto (9,8%). Quem tem superior completo apresenta a menor taxa de desocupação, de apenas 3%.

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Informalidade segue concentrada no Norte e Nordeste

A taxa de informalidade ficou em 37,8%, estável ante o trimestre anterior. Maranhão (57,0%), Pará (56,5%) e Piauí (52,7%) têm os níveis mais altos. Na outra ponta, Santa Catarina (24,9%), Distrito Federal (26,9%) e São Paulo (29,3%) registram as menores proporções.

O IBGE destaca que a queda de 130 mil trabalhadores domésticos sem carteira foi compensada pela alta de 111 mil ocupados informais no setor público. A informalidade, diz Kratochwill, “está muito relacionada à baixa escolaridade e aos baixos rendimentos desses estados”.

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Mais carteira assinada no Sul e Sudeste; conta própria segue elevado no Norte

Entre os empregados do setor privado, 74,4% têm carteira de trabalho assinada. Santa Catarina (88%) lidera; Maranhão (51,9%) tem a menor proporção.

O trabalho por conta própria representa 25,3% da população ocupada, com destaque para Maranhão (33,1%) e Pará (29,9%).

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Renda cresce no Sul e Centro-Oeste

O rendimento médio real chegou a R$ 3.507, estável na comparação trimestral. Sul e Centro-Oeste tiveram alta estatisticamente significativa, com valores acima de R$ 4 mil. Na comparação anual, houve ganhos no Nordeste (5,7%), Sul (8,4%) e Centro-Oeste (5,8%).

A massa de renda habitual chegou a R$ 354,6 bilhões, estabilidade frente ao trimestre anterior e aumento em relação a 2024. O Sudeste alcançou o maior valor da série: R$ 176 bilhões.

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