Promotores de Taipei indiciaram quatro pessoas nesta terça-feira, 10, suspeitas de fazerem parte de uma rede de espionagem da China que chegou à presidência de Taiwan, buscando penas de prisão de mais de 18 anos.
Taiwan, uma ilha com governo próprio e democrático, denunciou sofrer uma crescente pressão militar e política nos últimos cinco anos por parte de Pequim, que a considera parte do território chinês. Taipei rejeita a posição.
Em um comunicado, promotores taiwaneses disseram que os quatro, todos ex-membros do Partido Democrático Progressista (PDPD), atualmente no poder, foram indiciados por espionagem e outras acusações. Um deles era ex-assistente do então ministro das Relações Exteriores, Joseph Wu, agora chefe do Conselho de Segurança Nacional, enquanto outro era ex-assessor do gabinete presidencial, segundo a agência de notícias Reuters.
A nota informou que os supostos crimes incluem a divulgação ou entrega de informações confidenciais de segurança nacional à China, e que os promotores buscam penas de prisão de dezoito anos ou mais.
Por enquanto, não há detalhes sobre as identidades dos acusados. Na semana passada, o gabinete presidencial de Taiwan informou que não poderia comentar os casos individuais devido aos procedimentos legais em andamento. Alertou, porém, que qualquer pessoa, independentemente de filiação partidária, que tenha “traído o país, colaborado com forças externas hostis e cometido crimes que prejudicam toda a nação” deve estar sujeita à punição mais severa.