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Suspeito de matar delegado em SP foi preso por roubo e tráfico duas vezes

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse nesta terça-feira, 16, que a Polícia Civil já identificou um dos envolvidos com o assassinato do delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes, ex-chefe da Polícia Civil paulista, morto a tiros de fuzil na Praia Grande, litoral paulista, na noite de segunda, 15. De acordo com Derrite, o suspeito é uma pessoa que já tem passagens policiais e a sua prisão deve ser solicitada à Justiça ainda nesta terça.

A polícia chegou à identidade do primeiro suspeito por meio da coleta de materiais dentro de um veículo Jeep Renegade que teria participado da emboscada em que Fontes foi morto. Segundo Derrite, policiais encontraram esse segundo carro trancado e os suspeitos pretendiam incendiá-lo, mas não conseguiram fazer isso a tempo.

“O veículo foi encontrado abandonado. Ele estava ligado, fechado e, no interior desse veículo, a Polícia Civil conseguiu coletar material da identificação. Já temos o primeiro indivíduo identificado e qualificado”, disse Derrite a jornalistas no velório de Fontes, na Assembleia Legislativa de São Paulo. “A polícia já está insistindo na prisão desse criminoso. E, para a surpresa de zero pessoa, o indivíduo já foi preso várias vezes. Foi preso por roubo duas vezes, foi preso por tráfico duas vezes. Foi preso quando era adolescente”, afirma.

Fontes, que foi delegado-geral de São Paulo entre 2018 e 2022 na gestão do governador João Doria, foi pioneiro nas investigações sobre o crime organizado em São Paulo. Foi ele quem pediu primeiro a prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe máximo do PCC.

O crime

Ruy Ferraz Fontes, que estava aposentado e atuava como secretário da Administração na prefeitura de Praia Grande, foi morto a tiros em uma emboscada — ele capotou o carro quando fugia da perseguição de criminosos e foi executado depois que o seu veículo capotou após choque com um ônibus (veja aqui o momento logo após o crime).

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Vídeo mostra o momento da emboscada ao ex-delegado-geral:

Tarcísio de Freitas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), emitiu nota na noite de segunda-feira, 15, em que prometeu esforços para que os autores “sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei” — leia aqui.

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Já Derrite anunciou o deslocamento de um grupamento da Rota, a tropa de elite da Polícia Militar, para Praia Grande e Santos, cidade vizinha, para segundo ele, impedir que os criminosos responsáveis pela emboscada fujam da região — leia aqui.

Apesar das declarações de Tarcísio e Derrite, o sindicato que representa os delegados da Polícia Civil de São Paulo emitiu uma dura nota em que critica o tratamento dado pelo governo paulista aos policiais civis, que são os principais envolvidos nas investigações das organizações criminosas como o PCC, e classifica a emboscada de “uma grande afronta às forças de segurança do estado” — leia aqui.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse, ao chegar à Câmara para discutir a PEC da Segurança Pública, que o crime foi “brutal” e que o governo federal vai oferecer ajuda para solucionar o crime — leia aqui.

 

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