Uma vítima do descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, inicialmente dada como morta, foi encontrada viva na quinta-feira 4. As autoridades portuguesas haviam identificado o pai alemão de três filhos como um dos 16 mortos no acidente com o bondinho turístico um dia antes. Sua família havia sido informada de que ele havia falecido em frente ao filho e sua esposa estava gravemente ferida.
A família, de Hamburgo, compareceu na quinta-feira ao Instituto Médico Legal, após um dos cabos do icônico funicular se soltar e o bonde colidir com um prédio de esquina na capital de Portugal, segundo o jornal local O Público. No entanto, não conseguiram identificar o corpo.
Em seguida, um policial local levou a família ao hospital em Lisboa onde estavam os 21 feridos do acidente, e ele foi encontrado entre eles. As autoridades ainda tentam identificar três vítimas, precisando revisar o número de mortes duas vezes. Segundo informações do consulado brasileiro em Portugal, há um brasileiro entre os feridos. Margarida Castro Martins, diretora do Serviço de Proteção Civil de Lisboa, afirmou que está é uma das mais dez nacionalidades entre o grupo, e sete deles se encontra em estado grave.
Com base nas evidências encontradas no local do incidente, os mortos podem incluir dois canadenses, um americano, um alemão e um ucraniano, de acordo com Luis Neves, chefe da polícia investigativa nacional.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) abriu uma investigação para apurar as causas do acidente.
O veículo é usado tanto como meio de transporte pela população local quanto por centenas de turistas que o utilizam diariamente para percorrer pela cidade, da Praça dos Restauradores ao Bairro Alto. Fundado em outubro de 1985, ele é considerado um monumento nacional há mais de duas décadas. Em nota, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou “profundamente o acidente” pelas “vítimas mortais e os feridos graves, bem como os vários feridos leves”.