Jair Bolsonaro e sua família deverão arcar com dívidas pesadas após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão por golpe de Estado. O capitão terá de pagar uma multa de 379 mil reais, além de estar obrigado a participar da quitação de uma dívida de 30 milhões de reais de forma solidária com os outros envolvidos no caso.
Esses valores são estipulados pelo Supremo a todos os condenados como forma de ressarcir os prejuízos provocados com o vandalismo ocorrido nas sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF no dia 8 de Janeiro de 2023. A dívida tem de ser quitada após o fim dos recursos contra a condenação, o que deve ocorrer ainda neste ano.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também poderá sofrer consequências do julgamento do marido. No mês passado, a Polícia Federal informou ao STF que Jair Bolsonaro repassou 2 milhões de reais para a esposa um dia antes de prestar depoimento no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. Para a PF, a transferência dos recursos foi uma forma de resguardar o patrimônio do ex-presidente frente à possibilidade de bloqueio judicial.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também entrou no rol dos investigados por ter recebido outros 2 milhões de reais do pai ao viajar aos Estados Unidos, de onde vem defendendo sanções do governo de Donald Trump ao Brasil. A polícia investiga se houve ilegalidade na transferência.
Nome de Flávio Bolsonaro foi inscrito na Dívida Ativa da União
Já o filho mais velho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), caiu na malha fina da Receita Federal, que cobra 286 mil reais do parlamentar referente a débitos do Imposto de Renda Pessoa Física.
O nome do senador já foi inscrito na Dívida Ativa da União. O próximo passo é a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional impetrar um processo na Justiça Federal para cobrar o valor . VEJA pediu esclarecimentos à assessoria do senador sobre a dívida fiscal, mas ainda não houve retorno.