O Supremo Tribunal Federal (STF) já marcou a data para julgar a última cartada do ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, na prisão. A partir do dia 22 de agosto, quinta-feira da semana que vem, entrará no plenário virtual da corte um recurso interno do ex-atleta no habeas corpus que ele impetrou na Corte mais alta do país.
O caso estava parado por conta de um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. O habeas corpus, que foi apresentado no final da discussão do caso de Robinho no Superior Tribunal de Justiça (STJ), já foi julgado e o ex-atleta perdeu. Porém, durante o julgamento de mérito, Gilmar também pediu vista e voltou para a continuidade do julgamento com um voto a favor do antigo astro de futebol. Robinho foi condenado a nove anos de prisão por participar do estupro coletivo de uma mulher albanesa em uma boate na Itália.
O voto de Gilmar chegou a ser acompanhado por Dias Toffoli, mas não foi suficiente para fazer a divergência ganhar. Todos os demais ministros acompanharam o voto do relator, Luiz Fux, para manter a homologação da sentença condenatória da Justiça Italiana e mandar o ex-astro do futebol para atrás das grades. A defesa de Robinho apresentou um recurso interno ao STF, que está sendo julgado novamente agora.
O julgamento desse recurso começou em março e Fux votou pelo seu desprovimento, mantendo a situação de Robinho da forma como está. Até o momento, ele foi acompanhado apenas pelo ministro Alexandre de Moraes. Gilmar pediu vista e o caso voltou ao plenário nesta segunda, 11. Nesta terça, 12, a Corte marcou a continuidade do julgamento. Como o caso será apreciado no plenário virtual, os ministros têm até 29 de agosto para depositarem seus votos. As duas divergências (Gilmar e Toffoli) podem se repetir, ou mesmo serem acompanhadas por outros ministros.
Robinho está preso desde março de 2024, cumprindo pena na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como Penitenciária II de Tremembé. A unidade é chamada popularmente de “Presídio dos Famosos”, por abrigar, além de Robinho, criminosos de casos de grande repercussão — lá estão Roger Abdelmassih, Thiago Brennand, Walter Delgatti (o hacker de Araraquara da Vaza Jato), por exemplo.
