Em seu último discurso como presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso, que passa o cargo na próxima segunda-feira a Edson Fachin, disse que procurou “fazer o certo” em sua gestão na Corte, marcada pela defesa da Constituição e da democracia.
“Nesse período, não houve desaparecidos, ninguém foi torturado, ninguém foi aposentado compulsoriamente. Todos os meios de comunicação, impressos ou digitais, manifestam-se livremente. Ou seja, apesar do custo pessoal dos seus ministros e o desgaste de decidir as questões mais divisivas da sociedade brasileira, o Supremo Tribunal Federal cumpriu e bem o seu papel de preservar o Estado de direito e de promover os direitos fundamentais”, disse Barroso.
O presidente do STF agradeceu aos colegas pelo apoio durante o mandato no tribunal e lembrou que o Supremo tem forte atuação no país, sempre defendendo direitos de “mulheres, negros, comunidade LGBT, pessoas com deficiência e populações indígenas”.
“Tenho muito orgulho de ter dividido com todos a aventura de defender a Constituição, a democracia e a justiça nesse país complexo, mas fascinante, que todos amamos”, disse Barroso.