O governo de São Paulo divulgou boletim no final desta quarta-feira, 1º, em que diz que há uma morte confirmada no estado em razão de intoxicação por metanol e que há outras cinco sendo investigadas por peritos do Instituto Médico Legal (IML). O documento também diz que há dez contaminações confirmadas no total (incluindo a única morte) e outros 27 casos sob investigação (incluindo as cinco mortes suspeitas).
Os casos suspeitos estão registrados na capital paulista e em São Bernardo do Campo, na região metropolitana. Até terça-feira, 30, havia 22 casos sob suspeita no total, número que agora chega a 37. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) instalou um gabinete de crise e anunciou que equipes da Vigilância Sanitária fechariam os estabelecimentos suspeitos de comercializar bebidas adulteradas. Até esta quarta, seis foram interditados. Além disso, o governo abriu um canal apenas para receber denúncias sobre o caso.
O metanol, altamente tóxico, não tem um sabor identificável nas bebidas. Os primeiros sintomas da intoxicação são dores abdominais intensas, tontura e confusão mental, e pode deixar sequelas graves, como a perda da visão. Por isso, o alerta das autoridades é de que o socorro seja procurado em até seis horas após o início dos sintomas, para evitar a piora do quadro clínico.