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Soldados da Guarda Nacional chegam a Chicago em meio a novo cerco de Trump

Soldados da Guarda Nacional do Texas começaram a chegar nesta terça-feira, 7, à região de Chicago, em mais uma etapa da ofensiva do presidente Donald Trump contra cidades governadas por democratas. Segundo um oficial ouvido pelo jornal americano The Washington Post, metade do contingente de duzentos oficiais já está no estado de Illinois, enquanto o restante deve ser mobilizado até quarta-feira.

O envio de militares amplia a pressão federal sobre a cidade, que já vinha registrando aumento das operações do ICE, a polícia de imigração, e confrontos violentos em subúrbios como Broadview, onde agentes foram flagrados usando gás lacrimogêneo contra manifestantes. A mobilização foi autorizada depois que a juíza distrital April Perry se recusou bloquear temporariamente a entrada dos soldados, em resposta a uma ação judicial movida pelo estado de Illinois e pela prefeitura de Chicago.

Diante da decisão judicial, os militares foram posicionados já na segunda-feira, concentrados em áreas da região metropolitana. Esta é a terceira medida do tipo desde que Trump anunciou a intervenção em municípios de tradição democrata.

O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, reagiu assinando um decreto que proíbe agentes do ICE de utilizarem imóveis pertencentes à cidade para operações. “Não vamos permitir que eles percorram nossa cidade sem nenhum limite ou fiscalização. Ninguém está acima da lei”, declarou ele.

Em resposta, a Casa Branca acusou Johnson de “proteger criminosos, estupradores e traficantes ilegais”, de acordo com a revista americana Newsweek. Para Trump, as operações fazem parte da luta contra o crime e a imigração ilegal. Líderes democratas, por sua vez, denunciam abuso de poder e ressaltam que a taxa de criminalidade, em especial quando relacionada a delitos graves, vêm caindo em diversas partes do país — como Memphis e Washington, D.C., para onde o presidente também já enviou a Guarda Nacional.

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O governador de Illinois, J. B. Pritzker, também criticou a presença dos militares, afirmando que medidas como essa “só fazem sentido em caso de insurreição ou emergência real”. Ele também prometeu resistir ao que chamou de “invasão militar de estados” do país.

Chicago não é a única cidade na mira da Casa Branca. Em junho, tropas foram enviadas a Los Angeles para reforçar operações anti-imigração e conter manifestações contra o governo. Dois meses depois, milhares de agentes federais ocuparam Washington, D.C. No Oregon, porém, a governadora Tina Kotek conseguiu barrar judicialmente a mobilização em Portland, classificando a iniciativa como “uma ameaça à democracia”.

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