No dia 25 de outubro de 2022, dias antes do segundo turno da eleição presidencial, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva disse que não disputaria a reeleição em 2026. “Eu, se eleito, serei um presidente de um mandato só. Os líderes se fazem trabalhando, no seu compromisso com a população”, afirmou na ocasião. Menos de três anos depois, o petista já fala abertamente sobre disputar a reeleição do ano que vem para, segundo ele, não deixar o Brasil caiu nas mãos da extrema-direita.
“Só pode ser coisa de Deus. Não tem outra coisa para explicar. E não é virar presidente, não. É virar presidente uma, duas e três vezes. E, se brincar, vai ter a quarta vez”, afirmou durante eventos governamentais em Minas Gerais, nesta quinta-feira, 12. “Se preparem, porque esse país não vai cair na mão da extrema direita”, disse.
Durante 2023 e 2024, Lula se esquivou de eleições presidenciais. Depois, colocou a saúde e a idade como possíveis obstáculos — Lula completará 81 anos durante o pleito do ano que vem. Mesmo sem Jair Bolsonaro entre os candidatos diante de sua inelegibilidade até 2030, o petista terá nomes fortes da direita que podem tirá-lo da Presidência da República. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparecem com boa pontuação nas pesquisas. Há ainda Ronaldo Caiado, atual governador de Goiás, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Ratinho Jr, chefe do Poder Executivo do Paraná.
Para o período pré-campanha, a estratégia do petista é rodar o Brasil e divulgar programas sociais. Recentemente, criou programa de especialistas na área de saúde. “No final de maio lançamos o Agora Tem Especialistas. Com este programa, brasileiros terão acesso a atendimento especializado e a exames de alta complexidade. Para isso, estamos reforçando as equipes de saúde. Anunciamos, hoje (terça-feira), 3.000 bolsas de residência e 500 vagas para especialistas no SUS”, afirmou Lula.
