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Sheinbaum volta a rejeitar intervenção dos EUA: ‘Da última vez, tomaram metade do México’

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, voltou a descartar nesta terça-feira, 18, qualquer possibilidade de intervenção militar dos Estados Unidos em seu país após o presidente americano, Donald Trump, afirmar que estaria disposto a lançar ataques contra cartéis de drogas em território mexicano.

“Da última vez que os Estados Unidos intervieram no México, tomaram metade do território”, lembrou a líder mexicana durante coletiva de imprensa matinal no Palácio Nacional nesta terça.

Trump, que retomou o discurso de “guerra às drogas” e endureceu a postura contra o narcotráfico, disse na segunda-feira 17 que não descarta nenhuma medida para conter o fluxo de drogas do México em direção ao seu país. O republicano afirmou considera repetir no vizinho com quem compartilha a fronteira as ações extrajudiciais que autorizou no Pacífico e no Caribe, onde embarcações suspeitas de transportar drogas foram atacadas.

As operações, a maioria próximo à costa da Venezuela, resultaram na morte de 66 pessoas. Até agora, não foram divulgadas evidências de tráfico de entorpecentes.

Horas depois das declarações de Trump, a embaixada americana divulgou um comunicado do secretário de Estado, Marco Rubio, descartando qualquer operação sem a autorização do governo mexicano.

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“Não vamos tomar nenhuma ação unilateral, nem entrar ou enviar forças americanas para o México, mas podemos ajudá-los com equipamentos, treinamento, compartilhamento de informações e todo tipo de coisa que poderíamos fazer se eles pedirem — eles precisam pedir”, afirmou Rubio no comunicado.

Mesmo destacando que mantém diálogo permanente com Trump, Sheinbaum afirmou que qualquer tipo de colaboração terá limites. Segundo ela, todas as conversas com autoridades em Washington deixam claro que a parceria deve ocorrer com respeito à soberania, à integridade territorial e sem subordinação. “Não é que não queiramos apoio, mas não com tropas estrangeiras”, acrescentou ela.

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