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Sergio Moro atribui processos no STF a ‘ressentimento’ pela Lava-Jato

Em entrevista ao Ponto de Vista, programa da VEJA apresentado por Marcela Rahal, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) voltou a atribuir a ofensiva judicial contra ele no Supremo Tribunal Federal a um “ressentimento” gerado pela Operação Lava-Jato. Questionado sobre sucessivos atritos com ministros da Corte, Moro rejeitou a ideia de uma indisposição generalizada do tribunal, mas criticou diretamente decisões de Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

“Não generalizo isso não. A gente tem até bom relacionamento com alguns ministros”, disse. “O fato é que a Lava-Jato gerou muito ressentimento. Mandou corruptos, ladrões do dinheiro público para a cadeia e sempre surgem tentativas de retaliação.”

Ação movida por Gilmar Mendes: “uma piada de festa junina”

Moro comentou a ação penal na qual virou réu por suposta calúnia contra Gilmar Mendes — caso que, segundo ele, jamais deveria ter sido recebido pelo Supremo.

“É uma calúnia… no fundo é uma piada de festa junina”, afirmou. O senador disse confiar na improcedência do processo assim que a instrução for realizada. “Temos certeza de que, quando fizerem a instrução, isso vai acabar sendo encerrado.”

Inquérito conduzido por Toffoli: “não conseguem explicar o que é o fato”

O parlamentar também criticou o inquérito sigiloso sob relatoria do ministro Dias Toffoli, no qual foi apontado por um delator. Para Moro, trata-se de uma narrativa “fantasiosa”.

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“É um criminoso ressentido se fantasiando sobre conspirações”, afirmou. “Está tão ridículo que o pessoal não consegue explicar qual é o fato, qual é o objeto da investigação. É um absurdo.”

Críticas à decisão de Gilmar

O senador criticou duramente a decisão recente de Gilmar, que determinou que apenas a Procuradoria-Geral da República pode apresentar pedido de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal. Para Moro, a medida rompe com princípios básicos da República e não possui amparo legal.

Ninguém pode estar acima da lei”, afirmou o senador. Ele citou a Constituição de 1824, que previa a inviolabilidade do imperador, para argumentar que a República sepultou a ideia de autoridades imunes a responsabilização. “O senador, o deputado, o presidente da República e também os ministros do Supremo têm que estar sujeitos à responsabilização legal.”

VEJA+IA: Este texto resume um trecho do programa audiovisual Ponto de Vista (confira o vídeo acima). Conteúdo produzido com auxílio de inteligência artificial e supervisão humana.

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