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‘Sentinela Oriental’: Otan lança operação após incursão de drones russos na Polônia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, lançou nesta sexta-feira, 12, a operação Eastern Sentry (algo como “Sentinela Oriental”, em português) em defesa ao flanco leste da Europa após a incursão de drones russos na Polônia. Na quarta-feira, 10, a Força Aérea polonesa abateu os dispositivos após violarem seu espaço aéreo, o que representou a primeira vez em que um membro da Otan reagiu a uma operação da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

“Devemos, como Otan, deixar clara nossa determinação e nossa capacidade de defender nosso território, e é exatamente isso que o Eastern Sentry foi criado para fazer”, explicou o chefe da Otan, Mark Rutte, em coletiva na sede da aliança em Bruxelas.

“Essa atividade militar começará nos próximos dias e envolverá uma série de recursos de aliados, incluindo Dinamarca, França, Reino Unido, Alemanha e outros”, acrescentou ele, ao lado do principal comandante da Otan, Alexus Grynkewich, general da Força Aérea dos EUA.

Grynkewich afirmou que a operação é flexível e integrada e busca reforçar as defesas ao longo de todo o flanco leste da Otan, que abrange os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Polônia, Eslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária. A aliança militar já tem forças expressivas na Europa Oriental, com milhares de soldados. Trata-se de uma abordagem que compreende a região, não tropas táticas em países específicos.

“A Polônia e os cidadãos de toda a aliança devem ficar tranquilos com nossa rápida resposta no início desta semana e nosso anúncio significativo aqui hoje”, disse o general. “No flanco leste, ajustaremos e mudaremos constantemente nossa postura de maneira a manter o adversário desprevenido, mas também responderemos a ameaças específicas conforme elas surgirem.”

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Drones na Polônia

Mais de dez drones foram rastreados pelo comando operacional da Polônia, que disse ter neutralizado aqueles que representariam uma ameaça. Quatro drones foram destruídos, com o último sendo abatido às 6h45 no horário local (1h45 no horário de Brasília). Varsóvia acionou o artigo 4 do tratado da Otan, que permite reuniões urgentes quando um membro tem sua segurança ameaçada. O mecanismo foi usado somente sete vezes desde 1949, com o acionamento mais recente acontecendo em 2022, após a invasão russa ao Donbass.

Ainda nesta sexta-feira, 12, a Polônia rejeitou o palpite do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a incursão de drones russos ao país “pode ter sido um erro”. O país é um dos principais aliados dos EUA na Europa, com troca de elogios por investimentos em Defesa. O desacordo com Trump, uma raridade, sinaliza a gravidade com a qual o governo polonês lida com a incursão russa.

“Também gostaríamos que o ataque de drones à Polônia tivesse sido um erro. Mas não foi. E sabemos disso”, rebateu o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, no X, antigo Twitter.

 

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