Em mais um gesto de reaproximação depois da crise diplomática da espionagem da Abin sobre Itaipu, o presidente do Senado e do Congresso do Paraguai, Basilio Núñez, chega nesta terça-feira a Brasília com uma comitiva de parlamentares para reuniões no Legislativo brasileiro.
O primeiro a receber a delegação do país vizinho, às 10h, será o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), que também participará, às 15h, de reunião conjunta com os senadores paraguaios e o presidente do Congresso brasileiro, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
A comitiva oficial inclui senadores paraguaios que presidem comissões estratégicas e representantes diplomáticos. Vão ao Congresso brasileiro:
- Basilio Antonio Núñez, presidente do Congresso e da Câmara de Senadores (HCS);
- Dionisio Amarilla, vice-presidente segundo da HCS e presidente da Comissão de Contas e Controle da Administração Financeira do Estado;
- Javier Zacarías Irún, presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Defesa Nacional e Força Pública, além de presidente da Comissão Parlamentar de Amizade Paraguai–Brasil;
- Antonio Barrios Fernández, presidente da Comissão de Relações Exteriores da HCS;
- Patrick Kemper, presidente da Comissão de Ciências, Tecnologia, Inovação e Futuro;
- Juan Carlos Galaverna, presidente da Comissão de Esportes;
- Juan Ángel Delgadillo, embaixador do Paraguai no Brasil;
- Laura Andrea Núñez González, conselheira da Embaixada do Paraguai;
- Diego Enrique López Garay, primeiro-secretário da Embaixada;
- Marcelo Augusto René Jara Benítez, integrante da equipe de imprensa do Senado paraguaio.
Em visita recente a Nelsinho Trad, o embaixador Juan Ángel Delgadillo confirmou que Brasil e Paraguai retomarão as negociações do chamado “Anexo C” do tratado da usina de Itaipu ainda na primeira quinzena de dezembro. O tema trata das bases financeiras e operacionais da hidrelétrica binacional.
A presença dos principais líderes parlamentares do Paraguai em Brasília poucos dias antes da retomada oficial das conversas reforça a disposição de Assunção de dar sustentação política ao processo.