Na mesma noite em que formalizou a criação da CPMI do INSS durante sessão do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) fez também a leitura do pedido de abertura, no Senado, da CPI do crime organizado, proposta por Alessandro Vieira (MDB-SE) para investigar a atuação de facções do tráfico e milícias em todo o país.
Segundo o emedebista, o objetivo da comissão de inquérito será apurar como essas organizações criminosas operam, de onde vêm seus recursos, como se estruturam e qual o grau de infiltração que possuem em comunidades, instituições e até mesmo em órgãos públicos, além de propor medidas legislativas para o combate efetivo aos grupos.
Para Vieira, a criação da CPI é necessária diante da escalada da violência e da “sofisticação” das redes criminosas no país. “O crime organizado se estruturou como um grande negócio ilícito, com atuação dentro e fora dos presídios, ampliando sua influência sobre comunidades inteiras e até sobre agentes públicos”, afirma.
Agora, líderes partidários e dos blocos parlamentares no Senado deverão indicar os membros da comissão, que só deve começar a funcionar no retorno dos congressistas do recesso de meio de ano, a partir de agosto.