A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o projeto que consolida a profissionalização da arbitragem no futebol.
Relatado pelo senador Romário (PL-RJ), o texto cria um contrato especial de trabalho para árbitros e assistentes de futebol e garante direitos trabalhistas e previdenciários à categoria. Agora, vai à Câmara.
Os árbitros e árbitras passarão a ter vínculo empregatício com as federações estaduais e a CBF, remuneração mensal mínima, férias e 13º proporcionais, capacitação contínua e preparação física.
Fica, também, reconhecido o direito de organização sindical da categoria.
Clubes e atletas têm aumentado o tom das críticas a erros de arbitragem no Campeonato Brasileiro, em campo e no VAR, reacendendo o debate sobre a falta de estrutura e de profissionalização.
Segundo pesquisa da AtlasIntel, menos de 10% dos torcedores estão satisfeitos com o desempenho dos árbitros e com a qualidade das decisões de campo.
“A arbitragem brasileira vem vivendo um caos porque ainda é tratada de forma amadora”, afirmou Romário. “Com estabilidade, capacitação e critérios claros de avaliação, a gente dá dignidade a quem trabalha dentro de campo e devolve credibilidade ao futebol.”