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Semaglutida pode ir para o SUS? Veja novo parecer do governo

A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk emitiu um posicionamento nesta quinta-feira, 20, sobre o parecer negativo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para incorporação da caneta injetável contra obesidade Wegovy, semaglutida 2,4 mg, na rede pública de saúde. O medicamento tinha sido submetido a uma consulta pública para oferta a pacientes do SUS com mais de 45 anos e que tivessem histórico de doença cardiovascular sem diabetes.

Segundo a empresa, que também é fabricante do Ozempic (para diabetes tipo 2), foram registradas mais de 1 300 manifestações a favor da incorporação do medicamento por entidades médicas e que representam pacientes. A empresa disse ainda que houve reconhecimento da comissão sobre segurança, eficácia e custo-efetividade, indicador que considera os benefícios e o valor dentro dos limites estabelecidos pelo órgão.

“A Novo Nordisk compreende que o histórico subfinanciamento do SUS, somado ao contexto de desequilíbrio fiscal, restrições orçamentárias e obsolescência dos mecanismos de incorporação vigentes atualmente, impõem desafios para oferta de tecnologias inovadoras de saúde à população em nível nacional, mesmo quando estas são evidentemente custo-efetivas”, informou, em nota.

Outro medicamento da farmacêutica também indicado para obesidade, o Saxenda (liraglutida 3 mg), também não recebeu parecer positivo da Conitec para incorporação em 2023.

O remédio, segundo a Novo Nordisk, é ofertado em programas estaduais no Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, e outros estados e municípios avaliam a inclusão do tratamento em iniciativas de enfrentamento à obesidade, considerando que se trata de uma doença crônica que está relacionada a problemas cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer.

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Tratamento é indicado por entidade médica

Remédios para o tratamento da obesidade, caso do Wegovy (semaglutida da Novo Nordisk) e Mounjaro, vão passar a ser indicados no início do tratamento da doença, segundo diretriz lançada em maio pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

A nova orientação estabelece que os médicos devem dar “prioridade para medicamentos de alta potenciar e metas realistas” sem deixar de lado o olhar individualizado para os casos que chegam aos consultórios. Eles devem continuar recomendando mudanças no estilo de vida, como adoção de alimentação saudável e prática de atividades físicas, mas incluir o tratamento medicamentoso com semaglutida, tirzepatida e liraglutida (Saxenda).

A meta dos tratamentos para obesidade deve ser de redução de, ao menos, 10% do peso corporal, índice que é comprovado como eficaz para reduzir as doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares.

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Em ensaios clínicos, a semaglutida (Wegovy) reduziu em 20% os eventos cardiovasculares em pacientes com obesidade e histórico de doença cardíaca. A tirzepatida (Mounjaro), por sua vez, mostrou uma redução superior a 90% na incidência de diabetes tipo 2 em pessoas com pré-diabetes.

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